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Nº 21 - Ano 2019 - 25.05.2019

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Engenharia Civil

A engenharia civil também é conhecida por muitos como a arte de resolver problemas. Foi justamente esta a motivação de Gabriella Renata Custódio, 22, estudante do sexto período, para escolher a graduação na UFMG. A tradição familiar também contribuiu: o avô era mestre de obras e o pai sempre trabalhou no ramo da construção, como contador. Mas o que ela queria mesmo era fazer diferença na vida dos outros. “Você pode até pensar que não vai trabalhar com pessoas na engenharia civil. Mas você constrói para pessoas, então, precisa ter empatia pelo outro. Precisa se perguntar qual o impacto de uma construção e o que ela pode melhorar”, exemplifica.

A conscientização ambiental e a avaliação das possíveis consequências de uma obra são preocupações presentes na graduação oferecida pela UFMG, assim como o  reconhecimento da responsabilidade social do(a) engenheiro(a). No início de 2018, Gabriela participou de uma disciplina de internato acadêmico em Catas Altas, na Região Central de Minas Gerais. Ao longo de quinze dias, esteve na zonas urbana e rural do município para fazer um diagnóstico participativo: visitava casas e conversava com os moradores sobre engenharia sanitária e ambiental. “Tive contato com realidades diferentes, com pessoas muito humildes. Quando voltei, senti vontade de continuar ligada a algum projeto dessa natureza”, conta. Não demorou para se engajar no projeto Engenharia Solidária, iniciativa dos estudantes da UFMG.

Construção do parque às margens do Ribeirão do Onça, Bairro Ribeiro de Abreu.
Construção do parque às margens do Ribeirão do Onça, Bairro Ribeiro de Abreu. Acervo Cedecom / UFMG

O curso de engenharia civil é dividido entre ciclos básico e profissionalizante. No primeiro, que vai até o 4º período, a formação é similar à das demais opções de engenharia na UFMG (as disciplinas do ciclo básico abrangem cálculo, física, química e estatística). A partir do 5º período, o foco é voltado para disciplinas específicas, distribuídas em seis grandes áreas: engenharias estrutural, geotécnica, de transportes, de saneamento e recursos hídricos, hidráulica e de materiais de construção. Nos períodos finais do curso, é possível cursar disciplinas da pós-graduação e posteriormente aproveitar os créditos, caso haja interesse em dar continuidade à carreira acadêmica na Universidade  – este é um dos diferenciais da UFMG, assim como a variedade de laboratórios para a realização de experiências práticas e o estímulo ao trânsito entre diferentes áreas do conhecimento.

Para quem acredita que as carreiras da engenharia se restringem ao universo das exatas, a grade das disciplinas optativas inclui as ciências humanas, que podem contribuir para o desenvolvimento de competências importantes para a carreira, como a boa comunicação. O engenheiro deve ter habilidade para elaborar relatórios e textos técnicos dentro de normas pré-estabelecidas, por exemplo. A experiência transdisciplinar também favorece a capacidade crítica, que distingue o profissional que simplesmente reproduz procedimentos e aplica fórmulas daquele que efetivamente entende os processos em sua complexidade.

Outra particularidade do curso de engenharia civil da UFMG é a possibilidade de obter o diploma de bacharel com validade no mercado europeu, graças a convênios firmados com universidades do porte da École Nationale des Ponts et Chaussées, na França, a mais antiga escola de engenharia civil do mundo. Para quem tem interesse em seguir a carreira internacional, ingressar no curso com conhecimentos da língua francesa pode ser uma vantagem.


PARA SABER MAIS

Estrutura curricular https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga: 16,45
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu): 742
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: 5