Fundado em 1939, o curso de filosofia da UFMG é um dos mais antigos do Brasil. Pautado no ensino plural de experiências e perspectivas, oferece uma formação ampla, que permite o trânsito com desenvoltura pelos diversos períodos históricos e sub-áreas da filosofia.
As disciplinas obrigatórias, comuns até o quarto período, são divididas em dois eixos: histórico, que abrange períodos da filosofia de maneira cronológica (da antiga até a contemporânea); e o temático, que estuda campos como a filosofia política, a ética e a estética. A partir do quarto período, é possível decidir entre as modalidades bacharelado ou licenciatura e cursar as disciplinas específicas de cada percurso. Após a conclusão de uma das opções é permitida a continuidade de estudos na outra modalidade.
Uma característica diferencial da graduação na UFMG é sua flexibilidade: cada aluno pode escolher dentre mais de dez percursos curriculares, independentemente de sua modalidade. É possível se aprofundar na filosofia pura ou escolher dentre os percursos de formação complementar pré-estabelecida, que fazem diálogo com áreas afins: artes, ciências exatas e biológicas, ciências humanas, letras (linguística, literatura, língua alemã, língua francesa, língua grega, língua italiana ou língua latina), pensamento brasileiro e psicologia/psicanálise. Ou, ainda, buscar formação complementar aberta em outra área de interesse.
O Programa de Educação Tutorial em Filosofia é um dos espaços em que o estudante poderá conhecer esses vários percursos. Um dos projetos desenvolvidos pelo PET Filosofia é o programa de rádio Logofonia, veiculado na Rádio UFMG Educativa.
Bacharelado
O bacharelado em filosofia, oferecido nos períodos diurno ou noturno, é voltado para a carreira acadêmica. Porém, cresce no mercado internacional a tendência de contratação desses profissionais para atuarem também em assessorias de projetos sociais e culturais, ou comitês de ética de organizações e de empresas.
Txay Tamoyos, 19, está no quarto período do bacharelado. Ele escolheu o curso devido à sua paixão pela filosofia do teórico francês Merleau-Ponty, que descobriu nas aulas do ensino médio. Interessado pela pesquisa, no âmbito do ensino, ele deseja tornar o que aprende na universidade mais acessível àqueles que estão fora dela.
“Assim que entrei na UFMG, trabalhei como mediador no Centro Cultural Banco do Brasil, onde estava o tempo todo em diálogo com expositores e visitantes. Nesse estágio, eu não podia falar sobre os termos da fenomenologia de Merleau-Ponty, porque não é assim que a filosofia alcança as pessoas. Então, em vez de perguntar ‘como eu presentifico os corpos na experiência com os outros?’, eu traduzo para a linguagem comum e pergunto, ‘como eu coloco uma criança frente a uma obra de arte e faço com que ela consiga experienciar bem aquela obra?’. Partindo dos conceitos, vou pensar os meios e os métodos para trazê-los à realidade das pessoas e torná-los mais acessíveis”, explica.
Licenciatura
A licenciatura, ofertada apenas no período diurno, é voltada para a formação de filósofos- professores. A modalidade requer maior carga horária pelos estudos na Faculdade de Educação (FAE), que abrangem sociologia da educação, gestão escolar e didática na licenciatura. Embora a habilitação tenha como foco o magistério, o licenciado também está qualificado para seguir a carreira acadêmica, se desejar.
PARA SABER MAIS
Estrutura curricular
Diurno: https://ufmg.br/cursos/graduac...
Noturno: https://ufmg.br/cursos/graduacao/2412/91225
Relação de candidatos por vaga em 2018: 9,49 (diurno)
11,88 (noturno)
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu): 706,84 (diurno)
695,26 (noturno)
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: 5 (bacharelado), 4 (licenciatura)