Segundo a belo-horizontina Jéssica Nazareno, 23, não foi dela a decisão de cursar fonoaudiologia: pelo contrário, foi a própria profissão que a escolheu.“Tive contato com a fonoaudiologia em vários momentos da minha vida. Fui paciente de uma fono que me inspirou e me ensinou muito e, depois, minha avó fez uma reabilitação auditiva que fez toda diferença na vida dela”. Dessa forma, ela ingressou na graduação pelo desejo de fazer o mesmo por seus futuros pacientes. Atualmente Jéssica está no quarto período e depois de formada deseja seguir a carreira acadêmica, além de conciliar a profissão com o empreendedorismo.

O curso, de cinco anos de graduação, oferecido na Faculdade de Medicina, confere formação generalista, humanista, reflexiva e crítica, e aborda as diversas áreas da fonoaudiologia, para que seus profissionais possam atuar em diversos segmentos da profissão. Eles estarão aptos a avaliar, habilitar, reabilitar e aperfeiçoar a voz, a motricidade orofacial, a audição e a linguagem.

O profissional de fonoaudiologia trabalha também na promoção da saúde, em equipes integradas no serviço público de saúde. Uma das preocupações é com a saúde da voz, importante instrumento de expressão e também de trabalho, para profissionais como professores, atores, cantores, políticos, operadores de telemarketing, locutores e apresentadores de rádio. Confira entrevista do programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, feita em celebração ao Dia Mundial da Voz, comemorado em 16 de abril.

O primeiro ano de estudos tem disciplinas das ciências biológicas, da saúde, sociais aplicadas e humanas. Neste momento, são estudados os fenômenos humanos, sociais, econômicos, éticos e legais que permeiam a atuação do fonoaudiólogo. A partir do terceiro período as disciplinas se tornam mais específicas da área, com estudos sobre a promoção da saúde e a prevenção dos distúrbios da comunicação humana. Inicialmente a prática dos alunos consiste na observação do atendimento, até que estejam aptos a realizá-lo, por meio de estágios e aulas práticas. Tais aulas ocorrem no Ambulatório de Fono, localizado no Hospital São Geraldo (Campus Saúde). Durante a formação, os alunos são inseridos em diversos cenários de prática do Sistema Único de Saúde.

Durante todo o tempo na UFMG os alunos são incentivados a buscar oportunidades fora de sala de aula, como monitorias, projetos de extensão, iniciações científicas ou atuação na empresa júnior do curso, a FUJ, instituição mantida pelos alunos, que mescla ciência e tecnologia. “Sou monitora de anatomia humana básica, no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), o que contribui muito para o meu crescimento pessoal e acadêmico. Também participo do movimento estudantil, o que me permite representar os discentes e pensar em pautas do alunado, um trabalho bastante significativo que complementa o amor que sinto por essa instituição”, afirma Jéssica, que atualmente assume a presidência da empresa júnior.

PARA SABER MAIS

Estrutura curricular https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga: 23,42
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018: 699,06
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2016: 4