O curso de Medicina da UFMG é um dos mais antigos do Brasil. Iniciou suas atividades em 1911, com a criação da Escola de Medicina de Belo Horizonte. Com 108 anos de história, a faculdade sempre buscou atualizar o ensino e sua infraestrutura para oferecer aos alunos formação de qualidade, inserida nos três níveis de atenção à saúde: primário (prevenção e atenção básica), secundário (atendimento especializado) e terciário (atendimento de complexidade).
Com carga horária de 8.085 horas, a graduação abrange conhecimentos fundamentais nas áreas de clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia e saúde coletiva. O estudante adquire competências para atuar na promoção da saúde, na prevenção das doenças e na recuperação e reabilitação dos doentes. Além disso, a proposta é desenvolver habilidades de comunicação, liderança e trabalho em equipe, essenciais para o desempenho profissional, assim como o raciocínio crítico-científico e a busca continuada pela atualização dos conhecimentos.
“Aprendemos medicina por meio da observação do professor, da teoria encontrada em livros e artigos científicos, da prática incessante dos atendimentos ambulatoriais, da vivência hospitalar em contato direto com o paciente, no estudo de casos clínicos em grupos de discussão, na reflexão ética e humana das condutas médicas com colegas e professores, na aplicação de estratégias como o TBL [Team Based Learning - aprendizagem baseada em equipe], na utilização de laboratórios práticos, dentre várias outras atividades”, enumera Lucas Benício dos Santos, 23, natural de João Monlevade, na região Central do Estado. Ele cursa o décimo período do curso de medicina da UFMG.
O curso vem investindo cada vez mais em equipamentos simuladores de complexidade para permitir a melhor formação dos estudantes, como o Laboratório de Simulação (LabSim). É o que mostra a reportagem da TV UFMG.
A prática é parte essencial do currículo: estudantes são inseridos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) desde o início da formação, de modo a perceber a importância da atenção primária à saúde e a entender o processo de adoecimento como algo que vai além das causas biológicas: compreendem, nos níveis individual e coletivo, determinantes sociais, culturais, comportamentais, psicológicos, ecológicos, éticos e legais do processo saúde-doença. A partir do nono período começam os estágios obrigatórios.
“Em todo o percurso curricular, o tripé ensino-pesquisa-extensão é muito forte. Nós temos a possibilidade de vivenciar essas experiências no momento desejado. Somos motivados a buscar nossa melhor maneira de aprendizado e a usufruir das oportunidades oferecidas. Fica bem claro que somos protagonistas em nossa formação e que precisamos nos autogerir”, avalia Lucas.
Atualmente, ele faz iniciação científica no Laboratório de Micobactéria. Também foi monitor de histologia especial e membro do projeto Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas, da Liga Acadêmica de Infectologia e da Liga de Anatomia Patológica, da qual foi presidente. Competiu nos jogos internos; fez parte do grupo de palhaçaria e do Show Medicina, de teatro amador.
“Cada um dos meus colegas tem um percurso diferente do meu, graças às mil chances que a faculdade nos disponibiliza. Tudo isso culmina no mesmo ponto: sermos profissionais com visão crítica e reflexiva; com bagagem acadêmica, social e cultural; que veem a medicina fora da sala de aula ou do consultório, ou seja, onde nós e os nossos pacientes vivemos”, conclui.
PARA SABER MAIS
Estrutura curricular https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga: 50,02
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018: 796,18
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2016: 4