ABCr teme que reputação de acadêmicos seja destruída por ações precipitadas
A Diretoria da Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr) considera inaceitável a forma coercitiva como dirigentes e ex-dirigentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram conduzidos por ação judicial a prestar depoimentos sobre supostas irregularidades financeiras ocorridas na UFMG. Não houve prévia abertura de inquérito, nem solicitação formal para emissão de depoimentos, num total desrespeito às garantias constitucionais dos cidadãos envolvidos. A ABCr apoia a transparência das instituições públicas no que tange à sua produção acadêmica e à gestão financeira, dentro das normas legais.
A forma espetaculosa de tais ações ocorridas recentemente leva à população uma imagem negativa das Instituições públicas de Ensino Superior do País, visto que o caso ocorrido na UFMG é sequência de outros, incluindo um episódio com desfecho trágico ocorrido na Universidade Federal de Santa Catarina.
A reputação construída pelos acadêmicos, através de vários anos de dedicação à docência e à pesquisa, pode ser facilmente destruída por ações precipitadas de órgãos, ou pessoas, que possuem a prerrogativa de deter cidadãos de forma arbitrária e autoritária. Reconstruir uma imagem positiva, real e de valor inestimável para o Brasil, é o que resta de ônus àqueles que sempre se caracterizaram pela defesa do Ensino e de um país democrático e soberano.