Acessibilidade, inclusão e assistência estudantil garantem permanência na UFMG
Estudantes em situação de vulnerabilidade podem solicitar auxílio financeiro para aulas remotas e suporte pedagógico, entre outras formas de apoio
A aprovação no Sisu e a entrada em uma universidade pública, como a UFMG, que está entre as melhores do país, são conquistas que coroam anos de estudo. Para muitos aprovados, no entanto, permanecer na Universidade até a conclusão da formação acadêmica gera grandes desafios, devido às condições de vulnerabilidade socioeconômica. Com o objetivo de garantir condições para a permanência dos estudantes, a UFMG desenvolve políticas de ações afirmativas e assistência estudantil.
As atividades de apoio aos estudantes incluem o sistema de cotas raciais e étnicas e um conjunto de ações fundamentais para assegurar a permanência deles na Universidade: alimentação nos restaurantes universitários, moradias universitárias, manutenção básica, apoio pedagógico, transporte, inclusão digital, atenção à saúde em várias dimensões, auxílios emergenciais, aquisição de material acadêmico, enriquecimento cultural e expansão da formação acadêmica, lazer, esporte, acesso, inclusão, participação e aprendizagem de estudantes com deficiência.
A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) é responsável pela gestão dessa política, que é fomentada com recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e da própria UFMG. As ações são executadas pela Fundação Mendes Pimentel (Fump).
Para acessar esses programas, os estudantes devem preencher questionário socioeconômico de acordo com a modalidade de seu curso. As orientações estão disponíveis na própria página da Fump.
Auxílio-alimentação e inclusão digital
Com a suspensão temporária das atividades acadêmicas, inclusive dos restaurantes universitários, por causa da pandemia de covid-19, a UFMG, além de manter as modalidades da política de assistência a 7,5 mil estudantes, criou o auxílio financeiro complementar para a alimentação.
A UFMG lançou sua política de inclusão digital para viabilizar condições de acesso ao Ensino Remoto Emergencial (ERE), adotado para a retomada das atividades acadêmicas, enquanto o distanciamento social prevalecer como medida de segurança sanitária para conter a pandemia. No ano passado, foram atendidos quase seis mil estudantes da graduação, com computadores e pacotes de dados para acesso à internet. As moradias universitárias também tiveram seus serviços de internet sem fio reestruturados, contemplando mais de 1 mil residentes. As chamadas são divulgadas nas páginas da Prae e da Fump.
Acessibilidade e inclusão
Para estudantes com deficiência, o apoio da Universidade se materializa em ações do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI). Entre as atribuições do órgão, estão a participação dos profissionais na banca de verificação e validação da pessoa com deficiência, produção de material didático em braile, tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e transporte acessível, por meio de carro adaptado, no campus Pampulha.
Outra modalidade de apoio é o plano de desenvolvimento individual, que propõe estratégias para potencializar a aprendizagem e o aproveitamento dos estudantes em seu percurso acadêmico.
A UFMG também oferece a Formação Transversal em Acessibilidade e Inclusão, conjunto de atividades acadêmicas destinadas à formação crítica e reflexiva sobre o trabalho com pessoas com deficiência. A iniciativa reúne mais de 30 professores de 12 unidades.
Neste vídeo produzido pela TV UFMG, a diretora do NAI, professora Rosana Passos, traça um panorama das atividades do órgão.