Alunos da rede pública expõem trabalhos de ciência na Estação Ecológica
Cultura indígena, identidade negra, astronomia e hortas urbanas estão entre os temas abordados
Uma movimentação diferente foi percebida no campus Pampulha nesta quinta-feira. Uma fila de ônibus escolares se formou em frente à Estação Ecológica, onde cerca de três mil alunos do ensino fundamental de Belo Horizonte participam, até amanhã, dia 22, da primeira Mostra de Investigação Científica Escolar (Mice).
Como uma grande feira de ciências em meio à natureza, a mostra reúne 80 trabalhos produzidos por alunos e professores da rede pública municipal, com temas que eles mesmos escolheram. Uma oportunidade para a revelação de talentos e estímulo à iniciação na cultura científica, com o apoio de monitores da UFMG que atuam em programas educativos nas escolas.
Cultura indígena, identidade negra, astronomia e plantio de hortas urbanas estão entre os temas abordados em alguns trabalhos apresentados, como reporta o vídeo da TV UFMG:
Outras atividades estão programadas, como visitas ao planetário e à exposição Física fácil, além de oito oficinas interativas, nas quais os estudantes aprendem sobre plantio, compostagem e conservação de energia, entre outros temas. Eles também se aventuram pelas trilhas ecológicas do lugar e podem até assistir a uma sessão de cinema no Cineclube Olaria.
Resultado de parceria entre a Pró-Reitoria de Extensão e a Secretaria Municipal de Educação, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa envolve o Departamento de Gestão Ambiental da UFMG, o grupo de pesquisa Tramas do Barro, da Escola de Belas Artes, o Laboratório Física Fácil, do Instituto de Ciências Exatas, o Museu de Ciências Morfológicas, o Observatório Astronômico Frei Rosário e o Projeto Manuelzão.
De fazenda a 'floresta urbana'
Com 114 hectares de vegetação, o terreno da Estação Ecológica foi uma fazenda desapropriada e cedida à UFMG pelo presidente Juscelino Kubitscheck, em 1955. Entre as décadas de 1940 e 1950, o local também sediou um abrigo de crianças carentes, o Lar dos Meninos Dom Orione. No fim da década de 1980, o local foi transformado em área de conservação ambiental urbana, por meio de convênio da UFMG com a Prefeitura de Belo Horizonte.