Belo Horizonte registra aumento de casos de raiva em morcegos
Cerca de 300 gatos que vivem no Parque Municipal receberam a vacina antirrábica para dificultar a proliferação do vírus
Nos primeiros oito meses de 2021, o número de morcegos identificados em Belo Horizonte com o vírus da raiva já é maior do que o total do ano passado, de acordo com a Central de Controle de Zoonoses (CCZ). Até o momento, já existem registros de 14 morcegos recolhidos no município diagnosticados com a doença. Cinco desses foram encontrados no Parque Municipal, que segue fechado, sem previsão da volta do público, mesmo três meses após a reabertura dos parques na capital. Na tentativa de prevenir a proliferação do vírus, cerca de 300 gatos que vivem no parque receberam a vacina antirrábica.
A raiva é uma doença transmitida ao ser humano pela saliva e secreções de animais infectados, via mordidas, arranhões e lambidas. Além dos morcegos, cães e gatos são a principal fonte de infecção. Ela se apresenta como uma infecção do cérebro, chamada de encefalite, levando à morte em quase 100% dos casos.
Nesta segunda-feira, 23, o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, abordou essa questão em entrevista. A jornalista Luíza Glória, apresentadora do programa, conversou com a professora Maria Isabel Guedes, da Escola de Veterinária da UFMG.
"Todos os mamíferos estão suscetíveis ao vírus da raiva. Há uma diferença de suscetibilidade diretamente relacionada ao tempo do trajeto do vírus do local de entrada no organismo até a medula e o encéfalo, que são os lugares de multiplicação viral preferenciais", explicou.
Ouça a entrevista de Luíza Glória com Maria Isabel Guedes.
O Programa de Vigilância e Controle da Raiva, recomendado pelo Ministério da Saúde, é executado em Belo Horizonte. Informações sobre como agir após sofrer um acidente com algum animal que pode ser transmissor da raiva podem ser encontradas no site da Prefeitura, onde também estão disponíveis os contatos das gerências de zoonose da capital.