Cientistas da UFMG desenvolvem aplicativo para proteger acervo de bens culturais móveis
De acordo com o MP, mais de 60% dos bens culturais sacros foram retirados dos seus locais de origem em Minas Gerais
Cientistas do Laboratório de Engenharia de Software e Sistemas (Synergia), vinculado ao Departamento de Ciência da Computação da UFMG (DCC), desenvolveram um aplicativo para proteger o acervo de bens culturais móveis: é o Somdar - Sistema de objetos mineiros desaparecidos, recuperados e restituídos. Desenvolvido com tecnologia de ponta, em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais, a plataforma busca contribuir com a recuperação de acervos culturais do Estado, que é alvo do comércio ilegal de bens culturais: mais de 60% dos bens sacros foram retirados dos seus locais de origem em Minas Gerais.
Depois do tráfico de drogas e armas, o comércio ilegal de bens culturais é o que mais movimenta recursos no mundo. Por meio do Somdar, os usuários podem consultar o banco de dados dos bens culturais móveis de Minas Gerais desaparecidos e colaborar com a proteção e o reconhecimento de bens culturais, denunciando possíveis furtos, roubos e leilões ilegais. O aplicativo foi lançado neste mês e o serviço já está disponível.
O programa Conexões desta sexta-feira, 20, recebeu Daniel de Freitas Ferreira, gerente de produção do Synergia, para falar sobre o Somdar. Durante a entrevista com a jornalista Luíza Glória, ele detalhou a proposta do app, a tecnologia utilizada e destacou a necessidade do envolvimento da sociedade.
Ouça a entrevista com Daniel Ferreira no SoundCloud.
Produção: Laura Portugal, sob orientação de Luiza Glória
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael