Nesta terça-feira, 19, o circuito musical Sonora Brasil, promovido pelo Sesc, deu largada à sua 23ª edição. O festival se consagrou, ao longo dos últimos 20 anos, como uma das maiores iniciativas de circulação musical no país. Em 2021, as exibições são realizadas em espaço on-line, por conta da pandemia de covid-19.

A 23ª edição está dividida em dois temas: Povos originários e Líricas Femininas, com a participação de 21 grupos indígenas e mais de 100 compositoras. As apresentações, que ocorrem até 12 de novembro, foram gravadas em mais de 20 estados e serão transmitidas pelos canais do Sesc no Youtube. O festival inclui ainda oficinas, rodas de conversa e exibição de filmes, que são organizadas, também em formato virtual, por unidades do Sesc em todo o país. 

A analista de cultura do Departamento Nacional do Sesc, Sylvia Letícia Guida, participou do programa Noite Ilustrada, apresentado por Luiz Fernando Freitas, e deu mais detalhes sobre a edição deste ano. No atual cenário de pandemia, Sylvia enxerga uma possibilidade de reinvenção para o festival e demonstrou interesse em mesclar iniciativas presenciais e remotas em edições futuras do Sonora Brasil.

Sobre o processo de curadoria do festival, a analista explica que "[O Sonora Brasil] é um projeto que subverte a relação da música. Nós pensamos, primeiro, nos grandes temas, depois nos subtemas e, por fim, vamos atrás dos grupos [que vão integrar a edição]. [...] A gente conta com uma rede supercapilarizada de profissionais do Sesc [...] e é por conta desses profissionais especializados, que já estão presentes nos territórios [indígenas], [...] que nós somos capazes de ter uma representação [musical] tão grande".

Ouça a entrevista completa no SoundCloud.

A programação completa, entre outras informações, está disponível no site do Sonora Brasil.

Produção: Maron Filho e Laura Portugal, sob orientação de Hugo Rafael e Luíza Glória
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Hugo Rafael