Com música e humor, abertura do Festival de Verão celebra compromisso da UFMG com a cultura
E a UFMG, mais uma vez, celebra seu compromisso de, por cima de dificuldades orçamentárias, manter as atividades culturais que se tornaram marcas da vida de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Na noite desta segunda, 20, no auditório do Conservatório UFMG, foi aberto o 11º Festival de Verão, que terá oficinas, espetáculos e palestras sob o tema Universos (in)visíveis. Humor e música deram o tom do evento.
Depois de breve performance da apresentadora decadente “Marta Goldistimiti”, personagem do ator Cleo Magalhães, a vice-reitora Sandra Goulart Almeida deu as boas-vindas em nome da instituição. Lembrou que a edição deste ano também comemora os 90 anos da UFMG e voltou a recorrer à ideia de presente da Universidade para a cidade, o estado e o país. “Temos recebido muito da sociedade, e é uma satisfação poder comemorar o aniversário com esse festival. Nosso conceito de presente inclui memória, olhar e esperança”, disse a vice-reitora.
A propósito da temática do evento, que discute visibilidade e invisibilidade, ela afirmou que é importante aprender a ver de maneira diferente a cidade, o outro. Citou o filósofo Didi-Huberman, autor de Sobrevivência dos vagalumes, para ressaltar “a capacidade da comunidade da UFMG de ver a luz nos momentos difíceis”. “Nós nos reinventamos sempre, continuamos produzindo e pensando sobre nosso lugar”, disse Sandra Almeida.
A diretora de Ação Cultural, Leda Martins, chamou a atenção para a integração das equipes da Universidade, que viabilizou o Festival de Verão, e para a reestruturação da gestão de cultura nos últimos três anos, sob orientação do atual Reitorado. “Este é um festival leve e lúdico, em que os curadores e todos os colaboradores assumiram grandes responsabilidades. Que seja um festival folião, de alegria e paz”, conclamou Leda Martins.
Para o coordenador do evento, professor Juarez Guimarães Dias, a temática convida a pensar em que medida a Universidade é invisível, se seu conhecimento chega como deveria à sociedade. “Numa época em que, diariamente, temos de reforçar os princípios democráticos e ampliar o debate, nesse festival a arte promove a visibilidade”, enfatizou o coordenador.
A cerimônia foi encerrada pela cantora Mariana Arruda, que interpretou clássicos e canções menos conhecidas de Chico Buarque. Acompanhada de banda e contando com participações especiais de Creusa Dias, sua mãe, e de Leonardo Rocha, seu marido, Mariana lançou mão de uma mistura equilibrada de versatilidade vocal, recursos cênicos e delicado jogo de figurinos.
A programação do Festival de Verão, toda gratuita, se distribui entre o Centro Cultural, o Conservatório e o Espaço do Conhecimento UFMG. No decorrer dos quatro dias, haverá shows, performances, exposições e apresentações de espetáculo teatral. No dia 23, um bloco carnavalesco encerrará a programação. Mais informações estão disponíveis no site do 11º Festival de Verão da UFMG.