Conferência discute em Brasília os rumos da ciência e tecnologia brasileira
Programação segue até quinta-feira com participação de professores da UFMG e da reitora Sandra Goulart, que entregou plano de inteligência artificial ao presidente Lula
Continuam nesta quarta-feira, dia 31, as atividades da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), que está sendo realizada no Espaço 21, em Brasília, com objetivo de debater demandas e planejamento de políticas públicas estratégicas para o Brasil até 2030.
A programação de hoje conta com a participação de dois professores da UFMG: Clélio Campolina Diniz, da Face, reitor da UFMG na gestão 2010-2014, participa como debatedor, a partir das 14h, da mesa Cooperação universidade empresa: articulação e adequação de Instrumentos, que será coordenada por Elias Ramos de Souza, da Finep. A mesa também reunirá Tony Chierighini, da Incubadora Celta-Anprotec, Romildo Toledo, da Coppe, e Gesil Sampaio, da Fortec. A relatoria ficará a cargo de Sheila Oliveira Pires, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O debate pode ser acompanhado pelo Youtube.
Também às 14h, o professor Marcos Pimenta, do Departamento de Física da UFMG, comandará os trabalhos da mesa Minerais estratégicos no contexto de um projeto nacional com os debatedores Ricardo Lima (CBMM), Raul Jungmann (Ibram), Silvia França (Cetem), Vitor Eduardo Saback (MME) e João Fernando Oliveira (Embrapii). Sheila Oliveira Pires, do MCTI, também ficará encarregada da relatoria da mesa, que também pode ser assistida pelo Youtube.
Nesta quinta-feira, dia 1º, às 14h, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida será uma das debatedoras da mesa Educação superior e os sistemas territoriais de inovação. Sob a coordenação de Ana Cristina Fernandes (UFPE), o debate reunirá Luiz Curi (CNE), Elias de Pádua Monteiro (Conif), Odilon Máximo de Morais (Uneal/Abruem), com relatoria de Luiza Rangel, do MCTI. A discussão também será transmitida pelo Youtube.
Na condição de vice-presidente da Andifes, a reitora Sandra Goulart Almeida participou da sessão inaugural da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada na manhã de terça-feira, dia 30. A abertura reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e o secretário-geral do evento, Sérgio Machado Resende.
Plano de Inteligência Artificial
Ainda no primeiro dia do evento, o presidente Lula recebeu o Plano de Inteligência Artificial do Brasil (PIAB), que foi elaborado sob a coordenação do Conselho Nacional de Ciência (CCT), do qual Sandra Goulart é integrante.
“Com 23 bilhões em investimento, o nosso objetivo é equiparar o Brasil a outros países de infraestrutura tecnológica avançada, incluindo um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo, que será alimentado por energias renováveis. Para tanto, o PBIA recomenda o desenvolvimento de modelos avançados de linguagem em português de modo a promovermos nossa autonomia e nossa soberania cultural, social e linguística. Com isso, o plano espera garantir uma Inteligência Artificial inclusiva, para benefício de todos, e voltada para a formação, para a capacitação e para a geração de renda da população, evitando o aumento de desigualdades. Desse modo, o Brasil poderá se tornar uma liderança global em IA por meio de desenvolvimento tecnológico nacional e de ações estratégicas de colaboração internacional”, afirmou a reitora em suas redes sociais.
Segundo a reitora da UFMG, o PBIA, encomendado pelo próprio presidente, foi aprovado por unanimidade do CCT, que conta com mais de 300 membros de 117 instituições públicas, privadas e da sociedade civil.
A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação foi precedida por mais de 200 conferências preparatórias realizadas de dezembro de 2023 a maio de 2024 em todo país. Com o tema Ciência, tecnologia e inovação para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido, o evento busca discutir as necessidades na área de CT&I e propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) que deverá ser seguida nos próximos 10 anos.
As discussões em Brasília reúnem cerca de duas mil pessoas de todo o país, entre professores, estudantes, agentes públicos, lideranças de movimentos sociais e empresariais.