Formas de Ingresso

Cotas, Enem e Sisu mudaram perfil dos alunos da UFMG, demonstra análise

As políticas adotadas pelo governo federal no último quinquênio para a educação superior pública do país promoveram mudanças no perfil dos alunos de graduação da UFMG. A conclusão é da Pró-reitoria de Graduação, que realizou análise estatística do perfil do aluno matriculado na Universidade no período 2012-2016.

O recorte temporal foi estabelecido por englobar toda a complexa transição realizada pela Universidade em relação à forma tradicional de ingresso em seus cursos de graduação, processo que até 2012 concentrava-se no antigo vestibular.

Nos anos seguintes, esse ingresso foi afetado pela adoção da Lei de Cotas, em 2013, pela adesão ao Sisu, em 2014, pela adoção integral do Enem, também em 2014, e pela integralização da adesão à Lei de Cotas, em 2016, que vinha sendo gradativamente implantada pela Universidade no período 2013-2016, em conformidade com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).

Várias mudanças no perfil do calouro da UFMG (veja nos gráficos abaixo) decorreram dessas medidas: os ingressantes com renda familiar de até cinco salários mínimos, por exemplo, tornaram-se maioria e passaram a se distribuir de forma mais equilibrada entre os cursos, passando a alcançar também as formações mais concorridas, como Medicina e Direito.

Houve também crescimento percentual dos alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas, que em 2016 alcançaram o maior patamar já atingido pela rede pública na UFMG em toda a sua história, somando 55% de todo o corpo discente.

Além disso, o percentual de alunos provenientes de outros estados praticamente dobrou, passando de 4,45% para 9,6%. O percentual de ingressantes oriundos do interior de Minas Gerais registrou leve aumento.

Personagens

A TV UFMG está produzindo vídeos com depoimentos de estudantes que personificam as mudanças no perfil do alunado que ingressou na instituição nos últimos anos. A série é aberta pelo relato de Jheny Oliveira, admitida no curso de Letras em 2015, que cumpriu toda sua trajetória escolar na rede pública. Confira no alto desta matéria.

Há cerca de um mês, o Portal UFMG publicou reportagem sobre as mudanças no perfil discente também com base no levantamento da Prograd.

Estudantes do ensino médio durante a Mostra das Profissões, em 2016, no campus Pampulha
Estudantes do ensino médio durante a Mostra das Profissões, em 2016, no campus Pampulha Foca Lisboa / UFMG
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Maioria dos alunos que ingressaram em 2016 é de famílias de baixa renda Criação Cedecom
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Índice de egressos de escolas públicas é o maior já registrado na história da UFMG Criação Cedecom
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Mais de 20% dos calouros vieram de localidades fora da Região Metropolitana de Belo Horizonte Criação Cedecom