Neste 18 de abril é celebrado o Dia Nacional do Livro Infantil. A data também homenageia o nascimento do primeiro autor brasileiro a escrever para crianças, Monteiro Lobato, que completaria 100 anos em 2022. Mais do que isso, o dia enaltece a literatura infantil brasileira como um todo e abre espaço para discutir a importância da leitura na formação das crianças, seres em estado de experimentação do mundo. O livro infantil é lugar de sonho, fantasia, reflexão e, também, realidade. Quase sempre, esse contato combina tanto textos, quanto imagens, texturas, cores e formas, a fim de atrair as crianças e diversificar a linguagem desde cedo.

Para explorar essas conexões e refletir sobre as possibilidades da literatura na infância, o programa Universo Literário dessa segunda, 18, apresentou entrevista com a professora da Faculdade de Educação da UFMG, membra do Programa de Pós-graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social e pesquisadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), Célia Abicalil Belmiro. Ela também é coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa em Literatura Infantil (GEPLI) e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Letramento Literário (GPELL). 

A professora Célia apontou a relevância da ilustração como narrativa por apresentar outro modo de ler a literatura. A docente detalhou como a tecnologia assimila a literatura de maneira positiva e comentou também sobre as políticas públicas de incentivo à leitura nas escolas do país. 

“É importante entender que o livro traz uma tradição. É a tradição de sua materialidade e da sua narrativa, mas que ela se apropria também de elementos que não são dessa materialidade. Então, eu chamaria hoje de livro algo que é muito mais revolucionário do que o livro que era o códice. Isso porque nós estamos no Dia do Livro Infantil e eu acho que pensar o livro infantil hoje é fundamental, é primordial para dar possibilidade dessa criança se relacionar não somente com essa  materialidade, mas se relacionar também em confronto com esse contato digital que nós todos temos hoje em dia”, defendeu a professora Célia. 

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Existem inúmeras editoras brasileiras com selos dedicados especialmente à literatura infantil, como o Baobá, a Panda Books e a Zahar, entre outras. O selo de publicações infantojuvenis da Editora UFMG é o Estraladabão, que reúne livros de divulgação científica para crianças e adolescentes.

Produção: Enaile Almeida, sob orientação de Luiza Glória e Breno Rodrigues
Publicação: Alessandra Dantas