Doutoranda da EEFFTO investiga efeito da bengala na marcha de pessoas com Parkinson
Voluntários que estão sendo recrutados pelo estudo participarão de sessões de treinamento para uso do instrumento
A fisioterapeuta e doutoranda da UFMG Jordana de Paula Magalhães busca voluntários com doença de Parkinson para participar de uma pesquisa que vai investigar o efeito do uso da bengala na marcha das pessoas. No estudo, a pesquisadora vai oferecer sessões de treinamento de uso da bengala e acompanhamento dos voluntários durante dois meses.
O Projeto Parkinson integra o doutorado que Jordana cursa no Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação (PPGCR) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), com foco na reabilitação neurológica do ser humano adulto.
A pesquisa é orientada pela professora Christina Danielli Coelho de Morais, do Departamento de Fisioterapia da EEFFTO. O interessado em participar do estudo como voluntário deve entrar em contato pelo telefone (31) 98568-9167 ou pelo e-mail projetobengalaparkinson@gmail.com para obter mais informações.
Como funciona
A participação na pesquisa é gratuita e aberta tanto à comunidade interna como à comunidade externa à UFMG. Contudo, para participar é necessário que a pessoa resida na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tenha mais de 40 anos, tenha um diagnóstico de doença de Parkinson conferido por neurologista e esteja em uso regular de medicação anti-parkinsoniana.
Segundo Jordana, independentemente de quais sejam as características de cada paciente, o treinamento é essencial para que o uso da bengala seja correto e seguro. Durante os dois meses de acompanhamento, o participante participará de sete encontros de treinamento e avaliação com a pesquisadora. As sessões ocorrerão no campus Pampulha, em Belo Horizonte.
A doença de Parkinson
O chamado Mal de Parkinson é uma doença neurológica que afeta, sobretudo, os movimentos da pessoa. Ela causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita.
A doença é provocada pela degeneração de células cerebrais que produzem a dopamina, substância que viabiliza as correntes nervosas ao corpo. A diminuição ou falta da dopamina é responsável pelo aparecimento desses sintomas.
A doença de Parkinson não tem cura, mas existem medicamentos que ajudam a controlar seus sintomas e a retardar o seu progresso, conforme descreve a página dedicada à doença na Biblioteca Virtual em Saúde, do Ministério da Saúde.