O abraço, segundo a psicanálise, é um dos gestos fundadores do consciente humano. Ele conforta, aquece, delimita espaços e é determinante no jogo de atrações. A ausência do gesto, em tempos de pandemia, gera desconfortos para muitos, de acordo com o psicanalista e professor Fábio Belo, do Departamento de Psicologia da UFMG.

A ausência de contatos físicos, imposta pela pandemia da covid-19, pode afetar as pessoas, em especial, neste sábado (22), Dia Internacional do Abraço. Apesar da carência e das dificuldades econômicas, sociais e sanitárias, somadas ao privilégio dos poucos que conseguem executar todas as atividades de trabalho de casa, o infectologista Dirceu Greco, professor emérito da Universidade reforça a importância de toda a população manter o distanciamento social e usar as redes sociais e os dispositivos eletrônicos para a troca de afetos.

A convite da TV UFMG, a escritora e estudante Carol Girassol, da Faculdade de Letras, recitou um texto sobre afetos durante o confinamento. Veja no vídeo a leitura de Carol, os abraços virtuais enviados pela comunidade da UFMG e as análises de Greco e Belo sobre os efeitos da pandemia nos afetos. 

Dia do Abraço
O Dia Internacional do Abraço foi instituído em 2004, quando o australiano Juan Mann lançou a Free Hugs Campaign (Campanha dos Abraços Grátis). O objetivo do movimento era  distribuir abraços por toda a cidade de Sidney (Austrália). Posteriormente, a iniciativa ganhou proporções mundiais, e, desde então, o Dia Internacional do Abraço é celebrado todo 22 de maio. 

Equipe: Victor Hugo Rocha (reportagem), Otávio Zonatto (edição de imagens) e Ruleandson do Carmo (produção e edição de conteúdo)