Exposição na Fale lembra o poeta e tipógrafo Cleber Teixeira
Iniciativa contém acervo da Editora Noa Noa, incluindo traduções de Haroldo de Campos
A memória impressa do aprendizado do poeta, escritor e tipógrafo Cleber Teixeira será apresentada, a partir de hoje (3) e até 30 de maio, na exposição Cleber Teixeira e a Editora Noa Noa, no Centro de Memória da Faculdade de Letras (Fale).
No evento de abertura, a partir das 18h30, o poeta Mário Alex e o designer Flávio Vignoli, curador da mostra (ao lado da professora Ana Utsch, da Escola de Belas Artes da UFMG) vão conversar com o público. Também será lançada a plaquete Guilherme Mansur e Cleber Teixeira, da Tipografia do Zé. As atividades são gratuitas, e não há necessidade de inscrição prévia. Serão emitidos certificados.
De acordo com Flávio Vignoli, a exposição revela o projeto editorial da Noa Noa, na qual o carioca Cleber Teixeira (1938-2013), radicado em Florianópolis na década de 1970, atuou como tipógrafo e impressor. Compõem a exposição 31 livros, alguns do próprio poeta tipógrafo, outros de escritores brasileiros e estrangeiros, livros de poesia e, na maior parte, traduções – muitas delas feitas pelo poeta Augusto de Campos.
“A história da Editora Noa Noa é uma espécie de memória impressa do aprendizado do poeta Cleber Teixeira, da sua educação de escritor e, em suas próprias palavras, um ‘mergulho profundo que diz respeito à criação literária, à manufatura do livro’. Sempre o livro como um poema de amor ao livro, às artes gráficas e à tipografia. Não foi Augusto de Campos quem chamou Cleber Teixeira de poeta da edição?”, afirma Vignoli, no texto de curadoria.
A atividade é fruto de parceria entre o Centro de Memória da Faculdade de Letras (Fale) e o Gabinete do Livro, iniciativa inspirada em um espaço da biblioteca ideal que promove mostras de edições especiais.
Outras informações podem ser solicitadas no Centro de Memória, pelo telefone 3409-5108, pelo endereço memoria.fale@gmail.com.
A exposição poderá ser visitada de segunda a quinta-feira, das 10h às 21h, com entrada franca. O Centro de Memória fica no segundo andar da Fale, no campus Pampulha (Avenida Antonio Carlos, 6.627).