A professora Heloisa Starling, do Departamento de História da Fafich, foi designada pelo Senado Federal para integrar, como historiadora, a comissão especial curadora que vai elaborar o projeto e viabilizar a execução das comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, que serão completados em setembro de 2022. 

Segundo a Agência Senado, a comissão assumiu a incumbência de “preparar uma programação que incluirá seminários, edição de livros e produção de material multimídia sobre os antecedentes históricos do 7 de setembro de 1822 e sobre as consequências da Independência para a consolidação do Brasil como Estado e nação”. “Conhecer a história vai nos ajudar a pensar sobre o que estamos fazendo agora. Tomar a história da Independência como um direito à cidadania vai nos permitir pensar o brasileiro que nós somos e o que podemos ser e vai nos ajudar a pensar, nesse tempo difícil, o futuro do país", declarou Starling.

“Temos uma história muito bonita. É uma história de liberdade, uma história que nos ensina sobre a soberania do Brasil e sobre o nosso desejo de liberdade”, continuou a historiadora. “Essa história não vai se repetir, mas podemos conhecê-la melhor para pensar sobre o que nós estamos fazendo hoje. Ela pode nos ajudar também a pensar sobre um Brasil que, indubitavelmente, precisa ser melhor do que o Brasil que nós temos hoje”, defendeu a professora da UFMG.

Projeto de país
A comissão especial curadora, que será orientada pelo tema O Senado Federal e os 200 anos da Independência do Brasil, é coordenada pelo senador Randolfe Rodrigues, que destacou a importância dessas comemorações como oportunidade para que a sociedade discuta um projeto de país. “Esta geração não pode passar para a história como a primeira que não refletiu sobre a formação do Brasil”, disse Rodrigues.

Heloisa Starling é professora de História do Brasil na UFMG e coordenadora do Projeto República: núcleo de pesquisa, documentação e memória. Entre seus livros mais recentes, estão Dicionário da República: 51 textos críticos, organizado junto com Lilia Schwarcz (Companhia das Letras, 2019), Ser republicano no Brasil Colônia: a história de uma tradição esquecida (Companhia das Letras, 2018) e Brasil: uma biografia, escrito também em parceria com Lilia Schwarcz (Companhia das Letras, 2015).

A comissão especial curadora também é formada pelo jornalista Eduardo Bueno, pelos senadores Jean-Paul Prates, Rodrigo Cunha e Rodrigo Pacheco, pela diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, e pela vice-presidente do Conselho Editorial da Casa, Esther Bemerguy de Albuquerque.