Laboratório de Bioengenharia receberá R$ 1,3 milhão para desenvolver mão biônica
Dispositivo beneficiará pessoas com o membro superior amputado
O Laboratório de Bioengenharia da UFMG (Labbio), vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica, começa, neste mês, as atividades para o desenvolvimento de uma mão biônica, prótese que cumpre as funções do punho e da mão para pessoas com o membro superior amputado.
O projeto foi aprovado em edital destinado a tecnologias assistivas da Finep, empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e vai receber investimento de R$ 1,3 milhão ao longo dos próximos três anos. O protótipo será testado em 30 pacientes.
As próteses de membro superior hoje disponíveis no mercado são rejeitadas pelos usuários porque não realizam movimentos biomecânicos satisfatórios. A alternativa proposta pelo Labbio promete ser mais fiel aos movimentos naturais do corpo humano, a um custo mais baixo.
Outros diferenciais da prótese do Labbio são um sistema de monitoramento remoto, que possibilita o acompanhamento de um profissional da área de reabilitação, e o uso de tecnologias de machine learning (aprendizado de máquina) para aprimorar o funcionamento do sistema.
O projeto foi tema de entrevista no programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta segunda-feira, 12.
Em 3D
Outro projeto em andamento no Labbio é o desenvolvimento de uma prótese mecânica de baixo custo, que pode ser fabricada em impressora 3D, com preço estimado em R$ 250. Outro diferencial da prótese é o peso, pouco mais de 260 gramas, característica que pode facilitar a adaptação dos usuários.
O modelo, desenvolvido pelo pesquisador Rodrigo Romero, é apresentado no episódio 62 do programa 'Aqui tem Ciência', veiculado nesta semana na emissora.