Institucional

Licenciaturas aprofundam discussões sobre criação de espaço comum de formação de professores

Encontro nesta quarta-feira reuniu gestores da UFMG e o educador português António Nóvoa, que participa do processo de definição das diretrizes do projeto em construção

Da esquerda para a direita, os professores Bruno Teixeira, Alessandro Moreira, Maria Flores e Roberta Corrêa
Da esquerda para a direita, os professores Bruno Teixeira, Alessandro Moreira, Maria Flores e Roberta Corrêa Foto: Foca Lisboa | UFMG

Encontro na manhã de ontem (quarta-feira, 3 de abril) deu prosseguimento aos esforços da UFMG para a construção de uma proposta institucional para formação inicial e continuada de professores para a educação básica e articulação de uma rede mineira em prol dessa formação. Sediada na Sala de Sessões da Reitoria, a reunião com diretores e coordenadores dos 18 cursos de graduação na modalidade licenciatura da Universidade, do Centro Pedagógico, do Colégio Técnico (Coltec) e do Teatro Universitário contou com a presença remota do professor e pesquisador português António Nóvoa, do vice-reitor Alessandro Moreira, do pró-reitor de Graduação Bruno Teixeira, da pró-reitora adjunta de Graduação Maria Flores, da pró-reitora de Pós-graduação Isabela Pordeus e da professora Roberta Corrêa, presidente da Comissão para Discussão e Elaboração das Políticas de Formação Inicial e Continuada de Professores da Educação Básica (Comfic).

Na abertura, o vice-reitor Alessandro Moreira destacou o trabalho desenvolvido há anos, pela UFMG, na área da educação básica e lembrou que ainda há desafios a serem enfrentados. “O projeto que vem sendo construído, com todo o esforço da Administração Central, conta com agentes fortes, como os nossos colegiados e a própria Comfic, que atuam nessa área importante, que é a formação inicial e continuada de professores para a educação básica. Mas também reconhecemos que há aspectos em que precisamos evoluir, com vistas à construção desta rede”, afirmou.

Alessandro Moreira ressaltou ainda a importância do trabalho em rede e da institucionalização das atividades desenvolvidas nos 18 cursos de licenciatura da Universidade. “A UFMG tem que abraçar essa causa. Reconhecemos todo o trabalho que tem sido feito pelos colegiados, mas entendemos que este deve ser um projeto da Universidade. A reunião com reitores das universidades mineiras, no início de março, mostrou que todos estão empenhados na construção desse trabalho em rede. O desafio que temos agora é entender como vamos trabalhar, de forma conjunta, com as outras instituições, promovendo o intercâmbio de experiências”, disse.

Desdobramentos internos 
O pró-reitor de Graduação, Bruno Teixeira, explicou que o encontro desta semana dá sequência às reuniões de fevereiro, quando António Nóvoa participou de três reuniões: a primeira, com a reitora Sandra Goulart, contou com as secretarias de Educação de Minas Gerais e de Belo Horizonte, a segunda envolveu professores da UFMG integrantes da Comfic e do Colegiado Especial de Licenciatura (Collicen), e a terceira, reitores e dirigentes das instituições de ensino do Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais (Foripes). “Este momento de encontro interno, para conversar com a nossa comunidade, é muito relevante para o prosseguimento das articulações em prol dessa rede”, frisou.

Bruno Teixeira assegurou que a atual gestão da Universidade entende a necessidade de fortalecer as ações de articulação na educação básica. “Essa medida é crucial para que a UFMG siga desenvolvendo suas atividades com a devida excelência acadêmica e relevância social. Nossa expectativa é que, contando com as demais instituições mineiras nesta rede, possamos ampliar as diversas ações já feitas exitosamente em nossas instituições, a fim de fortalecer a relação cada vez mais horizontal entre universidade e escola, o que gerará impacto muito positivo para toda a nossa sociedade”, disse.

“A proposta que buscamos construir pressupõe uma relação orgânica entre universidade e educação básica, tanto do ponto de vista macro – como a própria criação da rede e o compartilhamento de experiências entre as instituições – quanto micro – entre as quais, a criação e o desenvolvimento de políticas e programas de formação de professores para a educação básica”, completou a pró-reitora adjunta Maria Flores.

Experiências em andamento
A professora Roberta Corrêa, que preside a Comfic, falou do desenvolvimento de ações que têm mobilizado a comunidade interna em torno de um projeto de formação inicial e continuada de professores para a educação básica. Segundo ela, é preciso “fortalecer as estruturas já existentes na Universidade”, entre as quais, a própria Comfic, o Collicen, os colegiados de graduação e pós-graduação e os Centros de extensão. A docente destacou ainda ações desenvolvidas e em andamento, como os levantamentos das ações de extensão e de dados sobre os estágios supervisionados, em prol do aprimoramento da parte documental e do aperfeiçoamento da abordagem pedagógica na interface entre escola e universidade. Entre os eventos, lembrou o Seminário de Práticas Docentes Vivenciadas nas Licenciaturas da UFMG, que terá sua quarta edição neste mês.

Por fim, a presidente da Comfic destacou a relevância, nesse cenário, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e do Programa de Residência Pedagógica (PRP) e afirmou que a Mostra Sua UFMG, em 2024, terá uma sala interativa para professores da educação básica. “Temos que buscar, cada vez mais, a convergência das nossas ações acadêmicas em prol da construção desse espaço comum. Não temos que inventar roda, mas, sim, ampliar a visibilidade do que é feito dentro da Universidade e buscar construir diretrizes próprias para formação continuada em conjunto com as escolas parceiras”, finalizou.

Sala de Sessões da Reitoria recebeu coordenadores de licenciaturas para encontro remoto com António Nóvoa
Sala de Sessões da Reitoria recebeu coordenadores de licenciaturas para encontro remoto com António Nóvoa Foto: Foca Lisboa | UFMG