Lírica de João Cabral de Melo Neto é objeto de estudo de tese de doutorado
Felipe Oliveira de Paula dedicou quatro anos à obra do pernambucano
Diplomata importante para a história do Ministério das Relações Exteriores, João Cabral de Melo Neto inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil. Guiada pelo raciocínio (o que é quase uma aberração num universo que se diz tão atravessado pela inspiração sensitiva) e avessa a confessionalismos, sua obra é caracterizada pelo rigor estético e pelo uso de rimas toantes - aquelas que soam bem, com sonoridade pensada para não desafiar o ouvido.
Ao lado de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, ele ostenta o título de maior poeta brasileiro pós-1940.
A lírica de João Cabral foi objeto de estudo de uma tese de doutorado defendida este ano aqui na Faculdade de Letras da UFMG. Seu autor, Felipe Oliveira de Paula, se debruçou por 4 anos sobre a obra do pernambucano, dando a sintetizá-la pelo título que ele deu ao texto final: A poética negativa de João Cabral de Melo Neto.
Para saber mais sobre essa tese e o universo pessoal e lírico de um dos nossos maiores poetas, o programa Universo Literário conversou com o professor do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais Felipe Oliveira de Paula.
A tese está disponível para leitura no site da Biblioteca Digital da UFMG.