O professor Mário Fernando Montenegro Campos, do Departamento de Ciência da Computação (DCC) do Instituto de Ciências Exatas (ICEx) e pró-reitor de Pesquisa da UFMG, foi admitido no quadro de membros titulares da Academia Nacional de Engenharia (ANE). Também foram eleitos os pesquisadores Carlos Alberto Aragão de Carvalho Filho, Humberto Moraes Ruivo, Paulo Cesar Pellanda, Sergio Leal Braga e Wilson Vicente Ruggiero.

A posse dos novos membros ocorreu na noite desta segunda-feira, 17, no Centro de Jogos de Guerra da Escola de Guerra Naval (EGN), no Rio de Janeiro.

“Trata-se de um conjunto de ilustres engenheiros e engenheiras que se distinguem por significativas realizações profissionais na prática, na pesquisa e no ensino da engenharia, por elevados valores éticos e interesse pelos problemas e desafios do país”, destacou Francis Bogossian, presidente da Academia Nacional de Engenharia.

Em seu discurso, Bogossian deu boas-vindas aos novos acadêmicos, destacou o rigoroso critério de seleção de novos membros, falou das dificuldades que o país enfrenta e salientou a importância da engenharia e da própria Academia para combater a crise e ajudar na crescimento do país.

“A lista de membros titulares da Academia deixa claro o tamanho da minha honra em passar a fazer parte dela. E, no meu caso, há ainda uma satisfação especial. Tenho a honra de ser incluído no nobre rol de engenheiros em que está o meu tio-avô, o marechal Casimiro Montenegro Filho, fundador do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e um dos fundadores do Correio Aéreo Nacional”, afirmou pró-reitor.

O processo de eleição de novos membros inicia-se com a indicação de nomes pelos membros titulares da ANE. Em seguida, eles são analisados pela Comissão de Seleção e pelo Comitê de Ética do órgão e aprovados em Assembleia Geral Extraordinária.

Com a eleição de membros titulares para o seu quadro, a instituição pretende “homenagear e reconhecer grandes talentos da profissão, destacando-os como exemplo e fonte de inspiração para as futuras gerações”. Segundo Mário Campos, a entidade promove reuniões periódicas para discutir pautas que visam “indicar direções para investimentos e avanços na área de engenharia, de forma a garantir que o país alcance o desenvolvimento tecnológico sustentável de que precisa”.

Trajetória
Graduado em Engenharia Civil pela UFMG (1980), Mário Campos tem mestrado em Ciência da Computação pela UFMG (1984) e mestrado (1987) e doutorado (1992) em Computer and Information Sciences pela University of Pennsylvania (EUA), na área de Robótica e Visão Computacional.

Professor titular da UFMG, ele coordenou o Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (2007-2009), foi chefe do DCC (2013-2015) e pró-reitor de Administração (2015-2018). Atualmente, é pró-reitor de Pesquisa. Campos também foi membro do Conselho Curador da Fundação Universitária Mendes Pimentel (2008-2015) e integra o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFMG.

De 1995 a 2001, Mário Campos foi coordenador executivo da Rede Internet Minas, a primeira rede acadêmica do estado.

Sobre a Academia
A Academia Nacional de Engenharia (ANE) é uma associação sem fins lucrativos que visa preservar a memória da engenharia nacional e se posiciona como fonte independente de aconselhamento para governos, sociedade e indústria em relação às grandes e complexas questões da engenharia e da ciência e tecnologia.

Entre os temas que integram a agenda da academia, estão o desenvolvimento industrial, tecnológico e da infraestrutura do Brasil, o uso racional de recursos naturais, a preservação dos ecossistemas, a redução de desigualdades sociais, o desenvolvimento e ensino da engenharia, assim como o estímulo às carreiras de engenharia e tecnologia entre os jovens.