Oficina promove viagem prazerosa e sem dor ao mundo da escrita
Vera Lúcia tirou a tarde desta quinta-feira, 21, para fazer uma viagem imaginária. “Estou narrando uma história do passado, de quando eu era criança, das coisas que eu tinha vontade de ser e de fazer”, relatou, durante a oficina Escrever sem doer, ministrada pelo professor e escritor Ronald Claver na Praça Floriano Peixoto, em Santa Efigênia.
Autor de mais de 20 livros e reconhecido, entre outros, pelos prêmios Nestlé e Cidade de Belo Horizonte, Claver recorre a atividades lúdicas e criativas que tornam divertido o exercício de colocar ideias e sentimentos no papel. Mas reconhece: “A escrita às vezes dói, só que deveria ser prazerosa”, diz Ronald Claver.
Na atividade desta quinta-feira, o escritor escolheu 20 palavras relacionadas ao tema viagem, como cartão postal, Europa, passagem e férias e pediu aos participantes que dessem continuidade à introdução lida por ele. “Delimito um tema e algumas palavras porque sem elas não é possível escrever. Uma palavra puxa a outra, e, sem perceber, as pessoas vão conseguir finalizar o texto sem dificuldade”, explica.
A dinâmica veio a calhar para a estudante Rebeca Amaral. Segundo ela, começar é sempre mais difícil. “Depois vai ficando mais fácil, porque eu passo a ter mais bagagem para prosseguir”, disse a estudante, enquanto terminava o último texto da tarde.
Rebeca usa o celular como suporte de sua escrita. “Gosto de escrever sobre vida, amor e sentimentos, e quero sair daqui sem a dificuldade que muitas vezes sinto de me expressar", analisa.
Aluno do sétimo ano, o adolescente Guilherme Henrique também participou da oficina e reconheceu que a escrita não é exatamente um dos seus hábitos preferidos. “Escrever é difícil, porque sinto preguiça, principalmente sobre temas que a professora escolhe na escola”, justificou. Talvez ali Guilherme tenha dado o primeiro passo para mudar o curso dessa narrativa.