Operação demonstra estado de exceção, diz associação de pesquisa da área de humanidades
A Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação Interdisciplinares em Sociais e Humanidades vem a público registar indignação com a ação realizada pela Polícia Federal pela manhã do dia de hoje, 6/12, na Universidade Federal de Minas Gerais. A condução coercitiva do magnífico Reitor, Jaime Ramírez, da vice-reitora, Sandra Goulart e da ex-vice-reitora, Heloisa Starling, entre outros professores e professoras, demonstra inequivocamente, o estado de exceção que estamos vivendo no país.
A coerção, desnecessária, desses cidadãos e cidadãs demonstra um período de baixa densidade democrática em nosso país, no qual, já se sabe, à população é oferecido "pão e circo", por isso a necessidade destes espetáculos que servem como demonstração de força do Estado contra a sociedade. O custo humano e social de atitudes dessa natureza tem impactos não apenas na vida pessoal das pessoas diretamente afetadas, mas também nas instituições que representam.
Cabe a nós, brasileiros e brasileiras, retomar o controle das ações do Estado e dar um basta aos desmandos e excessos cometidos sem pudor algum. Nós, da ANINTER-SH, somamo-nos à indignação daqueles e daquelas que se opõem a essas arbitrariedades, juntando-nos aos esforços para proteger a universidade pública, a formação de qualidade, a produção de conhecimento e a liberdade de expressão.
Diretoria da Aninter-SH
Brasília, 06 de dezembro de 2017.