Passeata dos 100 mil completa 50 anos nesta terça-feira
Movimento marcou resistência contra a ditadura militar no Brasil
Ainda está fresca na memória de muitos a lembrança dos 21 anos em que o Brasil viveu sob a repressão da ditadura militar. A retirada de direitos fundamentais para a liberdade dos cidadãos por tanto tempo modificou a sociedade brasileira. A cassação de direitos políticos, a tortura e os assassinatos mancharam de sangue a história do nosso país.
Parte da população brasileira lutou contra as atrocidades do regime: foram mais de duas décadas de resistência às duras imposições do governo militar, seja por meio de manifestações, criações artísticas ou outras formas engenhosas de enfrentar os anos de chumbo com os meios então disponíveis.
Na manhã do dia 26 de junho de 1968, estudantes, artistas, políticos, intelectuais e populares já se encontravam na região da Cinelândia, no Rio de Janeiro. A marcha começou por volta das 14h, na Avenida Presidente Vargas, com cerca de 50 mil pessoas. Uma hora depois, o número de participantes já havia dobrado, naquela que ficou conhecida como a Passeata dos 100 mil.
A professora Maria Ribeiro do Valle, do Departamento de Sociologia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), campus Araraquara, falou sobre o tema em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 26.