Pesquisa revela reflexões geradas por visita a museu
Experiência informacional de estudantes no Museu de Ciências Morfológicas da UFMG foi tema de tese da ECI
Quais significados surgem de uma excursão escolar ao museu? Para além de diversificar a forma com que um conteúdo é aplicado fora de sala de aula, a experiência pode levar os estudantes a reflexões sobre a própria subjetividade. Partindo disso, a pedagoga Patrícia Carla Oliveira Carneiro Silva desenvolveu a tese Público escolar no Museu de Ciências Morfológicas da UFMG: uma investigação acerca dessa experiência informacional, defendida em agosto na Escola de Ciência da Informação.
O desejo de Patrícia de pesquisar a experiência de alunos da educação básica no Museu de Ciências Morfológicas da UFMG (MCM) surgiu quando visitou o espaço pela primeira vez: “Tive a grata surpresa de conhecer mais o corpo humano, e isso me fez refletir sobre a minha própria vida, a igualdade, a perfeição da natureza e a nossa capacidade de transformação. Como pedagoga, pensei também que a visita, para um aluno de educação básica, provoca outras reflexões, e quis investigar quais são elas”.
A experiência informacional, conceito-chave da pesquisa realizada por Patrícia, baseia-se na vivência dos indivíduos diante da informação e nos sentidos diferenciados que repercutem a partir de um encontro. “O contato com o acervo do museu, que é um ambiente informacional, provoca sensações que não estavam previstas, a experiência se apodera de nós e pode nos transformar”, explica a autora, lastreada em teorias que discutem o potencial que uma experiência tem para gerar mudanças na subjetividade.
O estudo é abordado em reportagem da edição 2037 do Boletim UFMG.