Pesquisa e Inovação

Pesquisa revela reflexões geradas por visita a museu

Experiência informacional de estudantes no Museu de Ciências Morfológicas da UFMG foi tema de tese da ECI

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Bancada do museu: sensações não previstasRafael Motta / UFMG

Quais significados surgem de uma excursão escolar ao museu? Para além de diversificar a forma com que um conteúdo é aplicado fora de sala de aula, a experiência pode levar os estudantes a reflexões sobre a própria subjetividade. Partindo disso, a pedagoga Patrícia Carla Oliveira Carneiro Silva desenvolveu a tese Público escolar no Museu de Ciências Morfológicas da UFMG: uma investigação acerca dessa experiência informacional, defendida em agosto na Escola de Ciência da Informação.

O desejo de Patrícia de pesquisar a experiência de alunos da educação básica no Museu de Ciências Morfológicas da UFMG (MCM) surgiu quando visitou o espaço pela primeira vez: “Tive a grata surpresa de conhecer mais o corpo humano, e isso me fez refletir sobre a minha própria vida, a igualdade, a perfeição da natureza e a nossa capacidade de transformação. Como pedagoga, pensei também que a visita, para um aluno de educação básica, provoca outras reflexões, e quis investigar quais são elas”.

A experiência informacional, conceito-chave da pesquisa realizada por Patrícia, baseia-se na vivência dos indivíduos diante da informação e nos sentidos diferenciados que repercutem a partir de um encontro. “O contato com o acervo do museu, que é um ambiente informacional, provoca sensações que não estavam previstas, a experiência se apodera de nós e pode nos transformar”, explica a autora, lastreada em teorias que discutem o potencial que uma experiência tem para gerar mudanças na subjetividade.

O estudo é abordado em reportagem da edição 2037 do Boletim UFMG.