Pesquisador do ICB-UFMG estreia na literatura com autobiografia poética
Professor Luiz Renato de França lançou 'Cores do universo: 50 anos de poesia, autobiografia e memórias'
Escrever é um ato científico. Entender as morfologias das palavras é parte importante da construção textual. Mas aqui o assunto é outra morfologia: as ciências biológicas, que estudam a forma, a estrutura e o funcionamento das espécies. Esse diálogo entre áreas é parte natural na Literatura. Dentro da crítica literária, por exemplo, há uma área interdisciplinar vasta chamada Literatura Comparada, na qual os críticos analisam as artes a partir de conversas entre a teoria da literatura e outras ciências e manifestações artísticas. Apesar de não ser tão comum nos estudos literários, a biologia aparece com muita frequência nos escritos artísticos em livros como 'Mundo Perdido', de Sir Arthur Conan Doyle, que discute sobre dinossauros. Outro exemplo, 'Cascas', de Didi-Huberman, usa como pano de fundo as cascas de uma bétula de Auschwitz-Birkenau para falar de holocausto.
Pensando no diálogo entre a biologia e a literatura, o professor Luiz Renato de França, um dos 600 cientistas brasileiros mais influentes no mundo, publicou o livro 'Cores do universo: 50 anos de poesia, autobiografia e memórias'. A obra perpassa anos de escrita e transforma em poesia uma vida inteira dedicada à ciência, retratando os ciclos e reflexões do autor sobre a vida e o mundo. O livro é publicado pela Às Editorial e já pode ser encontrado nas livrarias virtuais, em forma de e-book.
O programa Universo Literário conversou com o professor titular aposentado e voluntário do Departamento de Morfologia do ICB, Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, e autor do livro Cores do Universo, Luiz Renato de França.
Ouça a conversa com a apresentadora Michelle Bruck: