Extensão

Pesquisas podem ajudar a compreender e combater as 'fake news'

Geane Alzamora e Fabrício Benevenuto participaram do UFMG Talks deste mês

Elas chegaram e passaram a ocupar o centro do debate contemporâneo, marcando presença nos bares, cafés, esquinas, salas de aula e laboratórios de pesquisa. Promovem a desordem, achincalham personagens públicos, abalam a credibilidade de instituições, estremecem o cenário político e fazem troça da democracia. Nem mesmo as vacinas, capazes de evitar uma série de doenças, como o sarampo e a poliomielite, até então erradicadas no país, escapam dos efeitos das fake news.

Como um vírus, elas se espalham pelas redes sociais digitais e aplicativos a uma velocidade acentuada. O assunto é tão sério que as fake news foram eleitas o tema do ano em 2017 devido ao súbito aumento de sua presença na vida contemporânea, no Brasil e em muitos outros recantos.

O UFMG Talks convidou neste mês a professora Geane Alzamora, do Departamento de Comunicação Social, e o professor Fabrício Benevenuto, do Departamento de Ciência da Computação, ambos da UFMG, para conversar com o público e explicar como suas pesquisas podem ajudar na compreensão e no combate a esse fenômeno contemporâneo.

Crença e monitoramento
Para Geane Alzamora, o motor que impulsiona o compartilhamento das fake news é a crença. “A lógica de sua disseminação é a do boato e, quando ganha proporções globais, é muito difícil distinguir onde está a origem das informações”, explicou.

Fabrício Benvenuto apresentou uma ferramenta que monitora o WhatsApp, o Facebook e o Twitter. “Ao observar o que estava acontecendo nas eleições norte-americanas e a polarização da população devido às campanhas de desinformação, resolvemos desenvolver sistemas que auxiliassem, de alguma forma, a identificar e combater as fake news”, comentou.

A gravação em vídeo do encontro, realizado no dia 9 de outubro, no Centro Cultural Banco do Brasil, já está disponível no canal da TV UFMG no YouTube. Assista ao programa:

Inspiração
Uma vez por mês, o teatro do CCBB, em Belo Horizonte, recebe o UFMG Talks e reúne as pessoas para uma conversa descontraída sobre algum tema de interesse geral. A atividade é inspirada nas palestras do TED (sigla em inglês para Technology, Entertainment and Design).

O tema da próxima edição será revolução genética e as tecnologias para manipulação do DNA. Agendado para 6 de novembro, o encontro terá como convidados os professores Ivan Domingues, da Fafich, e Silvia Guatimosim, do ICB. Para fechar o ano, no dia 4 de dezembro, a última edição do UFMG Talks será sobre música.

O UFMG Talks é uma iniciativa da Pró-reitoria de Pesquisa (PRPq), realizada em parceria com o Centro de Comunicação (Cedecom), e conta com o apoio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).