Em livro, professora da UFMG narra experiências com filho com deficiência
Ensaio aborda as emoções no discurso e mostra como é possível escrever e pesquisar sobre elas
Unindo sua pesquisa de doutorado à experiência de ter perdido um filho com hidrocefalia, a professora Sônia Pessoa, do Departamento de Comunicação Social da UFMG, lança o livro Imaginários sociodiscursivos sobre a deficiência: experiências e partilhas, neste sábado, 11, no Espaço do Conhecimento UFMG.
Na obra, editada pelo selo do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Fafich, a autora aborda os imaginários que circulam na sociedade sobre pessoas com deficiência, o preconceito que pode ser suscitado em razão desses imaginários, a percepção de algumas pessoas com deficiência sobre a própria deficiência e o engajamento de pesquisadores com os temas pesquisados.
"É um ensaio teórico, que fala das emoções no discurso e mostra como é possível escrever e pesquisar sobre elas", resume a professora na sinopse da obra.
Sonia Pessoa é professora de Comunicação Social na UFMG, doutora em Estudos Linguísticos, com estágio na Université Paris-Est Créteil, e uma das fundadoras do Afetos: Grupo de Pesquisa em Comunicação, Acessibilidade e Vulnerabilidades, vinculado à UFMG. Ela também é idealizadora do blog Tudo Bem Ser Diferente, que trata da educação inclusiva.
O lançamento será às 11h, na cafeteria do Espaço do Conhecimento, com entrada gratuita. A versão digital do livro já está disponível gratuitamente para download. Os interessados em adquirir a edição impressa devem entrar em contato com a autora, pelo e-mail soniacaldaspessoa@gmail.com.
Conexões
No programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, desta quinta-feira, 9, Sônia Pessoa falou sobre a obra e sobre a experiência de estudar temas em que a emoção ocupa lugar central. “Nós trabalhamos com uma perspectiva de pesquisa afetiva, considerando todos os afetos que nos movem, como somos tocados pelas pessoas e objetos de nossas pesquisas, com um olhar mais hospitaleiro, considerando isso no próprio modo como fazemos pesquisa”, explicou.