Ao menos 800 pessoas morreram ao redor do mundo por causa de informações falsas relacionadas à pandemia de covid-19 nos três primeiros meses do ano, segundo pesquisadores. Quase 5,8 mil pessoas deram entrada em hospitais por causa de informações falsas recebidas em redes sociais. É o que revela estudo publicado no American Journal of Tropical Medicine and Hygiene. Muitas delas morreram após ingerir metanol ou produtos de limpeza à base de álcool, por acreditarem erroneamente que esses produtos eram a cura para o vírus. 

Os pesquisadores analisaram 2.311 registros de boatos, estigmas e teorias conspiratórias em 25 línguas, em 87 países. Quase 25% eram ligados à doença, transmissão e mortalidade e 21% a tratamentos e curas que não funcionam. Diante desse cenário alarmante, os professores Gabriel Tavares do Vale e Fernando Furtado, da UEMG em Passos, desenvolveram o projeto Central de Atendimento Covid-19 UEMG-Passos.  

Em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta sexta-feira, 11, o professor Gabriel do Vale afirmou que o excesso de expectativas por uma cura, uma solução para o problema, é um dos ingredientes que ajudam na desinformação. O outro motivo, segundo ele, é a facilidade de se espalhar informações pelas redes sociais.

"Com a interrupção das aulas, por conta da pandemia, nós reparamos um enorme fluxo de informações sendo transmitidas e chegando diariamente, em excesso. Numa reunião da UEMG, levantou-se a possibilidade de os profissionais da saúde da UEMG trabalharem com informação sobre a covid-19", falou sobre o início do projeto.

Dúvidas e sugestões da comunidade podem ser enviadas para o e-mail projetocac.uemg@gmail.com. No perfil do Centro de Ciências UEMG no Instagram, há uma sequência de postagens com informações sobre a covid-19, além dos vídeos do projeto.

Veja um dos vídeos desenvolvidos pela equipe: