A Câmara de Graduação, por meio de delegação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), publicou, na semana passada, resolução com orientações sobre processos avaliativos e aferição de assiduidade para o ensino remoto emergencial dos cursos de graduação da UFMG.

O documento foi elaborado com base nas diretrizes do Guia de ensino remoto emergencial nos cursos de graduação da UFMG, subsidiado pelas reflexões feitas por três grupos de trabalho instituídos pela Câmara de Graduação, por meio da Resolução CG 03/2020.

Com relação à avaliação do estudante, estabeleceu-se como princípios a avaliação formativa, o acompanhamento da aprendizagem dos estudantes durante o processo, e não apenas em momentos pontuais ou no fim do período letivo. A Câmara de Graduação também recomenda que haja uma diversificação das formas de avaliação, mas sem excesso de atividades para não sobrecarregar os estudantes.

“Neste momento, em que já estamos vivendo na prática o ensino remoto emergencial, é imprescindível avançarmos nas reflexões sobre os processos avaliativos. Precisamos investir na construção de propostas que viabilizem novos modos de avaliar a aprendizagem alinhados com as habilidades, as competências e as atitudes que se deseja formar no estudante. A Câmara de Graduação tem trabalhado para fomentar processos que possibilitem a avaliação formativa e processual do desempenho dos estudantes e tragam informações sobre o trabalho pedagógico que vem sendo desenvolvido no âmbito do ensino remoto”, explica a pró-reitora de Graduação, Benigna de Oliveira.

Em relação à questão da assiduidade no contexto do novo formato de ensino, o diário eletrônico foi alterado para possibilitar registro de três possíveis modalidades de aula no cronograma: presencial, remota síncrona e remota assíncrona.

“Cabe destacar que, de acordo com o disposto na Resolução, não haverá, durante o período que vigorar o ensino remoto, a aferição de assiduidade para aulas remotas síncronas ou assíncronas. Nesses casos, o acompanhamento da participação do estudante será indiretamente realizado por meio das tarefas propostas (avaliativas ou não)”, explica Benigna.

A pró-reitora informa que, além da resolução, a Câmara instituiu comissão, formada por representantes docentes e discentes, que trabalhará em um processo de avaliação e monitoramento do novo formato, de forma a identificar implicações relacionadas a processos pedagógicos, relação professor-estudante, recursos computacionais e infraestrutura, ações exitosas e boas práticas, formas de apoio aos cursos, aos docentes e aos discentes e eventuais necessidades de ajustes nos processos envolvidos na implementação.

 Fórum
Tendo em vista as novas orientações, a sétima edição do fórum on-line do Programa Integração Docente discutirá o tema Avaliação no ensino de graduação no contexto do ensino remoto emergencial. O evento será realizado nesta quarta, 19, às 14h, com transmissão pelo canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) no YouTube.

Os convidados são os professores José Francisco Soares, emérito do ICEx, Viviane Birchal, da Escola de Engenharia e diretora de Avaliação Institucional da UFMG, Andrea Motta, da Faculdade de Medicina e integrante da Câmara de Graduação da UFMG, e Fabiane Ferreira, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

O fórum tem o objetivo de promover reflexões e compartilhar aspectos teóricos e metodológicos sobre avaliação no ensino de graduação, considerando as diretrizes estabelecidas para os processos avaliativos no ensino remoto emergencial.

Os primeiros encontros da série trataram do planejamento para o ensino remoto emergencial. Nessa nova etapa, já com o novo formato em andamento, o foco dos fóruns passa a ser os desafios e as experiências da modalidade. O último encontro tratou das principais dúvidas relacionadas ao ensino remoto emergencial.