Sedentarismo está ligado a maior risco de agravamento da covid-19, conclui estudo
Pesquisa de cientistas estadunidenses foi feita com quase 50 mil pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus
Estudo realizado por cientistas da Califórnia, nos Estados Unidos, publicado no último dia 13 de abril no periódico British Journal of Sports Medicine, constatou que pessoas sedentárias podem desenvolver quadros mais graves da covid-19. Isso significa que o grupo corre maior risco de hospitalização e necessidade de cuidados intensivos. O trabalho envolveu mais de 48 mil pessoas com covid-19 no período de janeiro a outubro de 2020. De acordo com a pesquisa, entre os fatores de risco para o agravamento da doença, o sedentarismo superou a idade avançada e até mesmo o histórico de transplante de órgãos.
Sobre o assunto, o programa Conexões desta terça, 4, conversou com o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia e um dos diretores da Sociedade Brasileira de Infectologia, o médico Estevão Urbano. Em entrevista à jornalista Alessandra Ribeiro, o também integrante do Comitê de Enfrentamento à Pandemia de covid-19 da Prefeitura de Belo Horizonte apontou os benefícios da atividade física, principalmente para pessoas com comorbidades, que apresentam maior predisposição a evoluções severas da covid-19. “Você pode tentar primeiro ter um controle melhor dessas doenças de base, um diabetes controlado, uma hipertensão controlada automaticamente reduz um pouco o risco de adoecimento severo. Além disso, traz um ganho secundário para essas pessoas que é o ganho imunológico”, recomenda.
Produção: Alessandra Ribeiro e Flora Quaresma, sob a orientação de Luiza Glória.
Publicação: Alessandra Dantas.