UFMG inicia processo de elaboração do novo PDI
Documento com as diretrizes para o período 2018-2023 receberá contribuições da comunidade acadêmica
A UFMG definiu o processo de elaboração de seu novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), relativo ao período 2018-2023. A proposta para o desenvolvimento do trabalho, que prevê participação efetiva da comunidade universitária e aprovação final em outubro deste ano, foi avalizada nesta terça-feira, dia 22, pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).
O cronograma estabelece que as diretrizes gerais do PDI sejam apresentadas à comunidade no dia 21 de junho. Até 31 de agosto, deverão ser encaminhadas à Comissão de Sistematização as sugestões das unidades acadêmicas, que promoverão, segundo seus próprios critérios, discussões internas. Antes desse prazo, três encontros – nos dias 22 (campi Pampulha e Saúde) e 29 de agosto (campus Montes Claros) – também servirão para reflexão e síntese das contribuições da comunidade.
O documento final será entregue pela Comissão de Sistematização no dia 28 de setembro, e o PDI será submetido à aprovação do Cepe e do Conselho Universitário em outubro deste ano. A comissão encarregada de formular o documento contará com membros da Diretoria de Avaliação Institucional (DAI), da Comissão Própria de Avaliação (CPA) e de representantes da comunidade designados pelas câmaras do Cepe (ensino, pesquisa e extensão) dos três segmentos da comunidade universitária (professores, servidores técnico-administrativos e discentes).
Segundo a reitora Sandra Goulart Almeida, o terceiro PDI produzido na UFMG – os outros foram referentes aos períodos 2008-2012 e 2013-2017 – se beneficiará de reflexão realizada nos últimos anos, sob orientação da CPA, que produziu um diagnóstico da Universidade, e da avaliação externa realizada em 2017, por meio de visita de equipe do Instituto Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação. A UFMG recebeu nota máxima (5) na avaliação. “O documento vai contar também com participação efetiva da comunidade universitária, que poderá se manifestar nos debates em suas unidades, nos grandes encontros em Belo Horizonte e Montes Claros e por meio de página na internet”, afirma a reitora.
Dimensão estratégica
O Plano de Desenvolvimento Institucional é dimensão obrigatória de avaliação das universidades, segundo determina a legislação que regulamenta o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). De acordo com o texto-proposta de elaboração do próximo PDI, o Plano deve “possibilitar o alinhamento de planejamento e avaliação, sinalizando a direção a ser seguida e registrando o caminho percorrido pela instituição". Ainda de acordo com a proposta, a construção do documento deve ser feita de forma autônoma e crítica, com atenção às referências legais e normativas, e seu texto “deve ser conciso e claro, de modo a permitir, tanto à própria UFMG como ao MEC, identificar e monitorar o cumprimento dos objetivos institucionais estabelecidos”.
O conteúdo básico do Plano de Desenvolvimento Institucional deve conter, entre outros itens, projeto pedagógico; políticas de atendimento aos discentes; oferta de cursos e programas de pós-graduação; perfil do corpo docente e dos tutores de educação a distância; organização administrativa e políticas de gestão; projeto de acervo acadêmico em meio digital; infraestrutura física e instalações acadêmicas; demonstrativo de sustentabilidade financeira; oferta de educação a distância; avaliação e acompanhamento institucional.
O processo de elaboração do PDI prevê o acompanhamento constante de sua implementação, após a redação final e aprovação pelo Conselho Universitário. A ideia é que essa etapa confira ao instrumento maior eficácia, tanto como elemento organizador da evolução institucional, quanto como ferramenta de apoio à avaliação.
Para Sandra Goulart Almeida, mais que uma exigência formal e pré-requisito para o recredenciamento periódico da Universidade no MEC, o PDI representa uma oportunidade especial para a comunidade acadêmica. “Elaborar o PDI nos estimula a refletir sobre os rumos que queremos e devemos tomar, não apenas com relação a questões acadêmicas e administrativas, mas também no que se refere a ações estratégicas que levem ao fortalecimento da UFMG como universidade pública e gratuita, de excelência e de referência”, conclui a reitora.