UFMG aproxima-se das instituições do Brics em nova etapa da cooperação do Sul Global
Para dirigentes, movimento justifica-se não só pelo potencial econômico, mas, sobretudo, pela diversidade étnica, cultural e científica existente no âmbito do bloco

Historicamente, a UFMG (uma instituição de particular vocação internacional, sobretudo se considerados os padrões brasileiros) sustenta parcerias sólidas e antigas com o Norte Global e suas centenárias instituições. Os Estados Unidos, em especial, como maior economia do mundo, sempre foram e seguem sendo um parceiro estratégico da Universidade: as trajetórias acadêmicas de vários de seus professores seniores materializam os benefícios gerados por essa parceria – a começar pela própria reitora Sandra Regina Goulart Almeida, docente da Faculdade de Letras que fez mestrado, doutorado e pós-doutorado nos EUA, onde inclusive atuou como professora visitante na virada dos anos 1980 para os anos 1990. O mundo, contudo, é multipolar e diverso, e a vocação para o pluralismo que a UFMG demonstrou desde a sua fundação sempre a convocou a espraiar suas relações internacionais por contextos regionais variados.

Ciente das nuances desse vaivém histórico da geopolítica mundial, a Universidade, nas últimas décadas, intensificou esforços para se aproximar – sem se afastar dos parceiros do Norte – de instituições educacionais do chamado Sul Global, numa perspectiva não apenas “ganha-ganha”, mas também solidária de aproximação. Por um lado, aproximou-se nos últimos anos de instituições da América Latina e do Caribe, ancorada na atuação da Associação de Universidades do Grupo de Montevidéu (AUGM), que a UFMG integra, após gestões anteriores também terem feito importantes esforços de aproximação do continente africano; por outro, aproximou-se mais recentemente de instituições dos países que integram o Brics, bloco de nações que tem o Brasil como um de seus fundadores. Esse último movimento encontra vários marcos na história recente, mas uma de suas pedras fundamentais é a criação, em 2015, da Rede de Universidades do Brics (Brics-NU), entidade que acaba de completar uma década de existência.
A rede Brics-NU foi criada para fomentar pesquisas conjuntas, mobilidade acadêmica e programas educacionais inovadores em áreas temáticas de interesse comum dos países do bloco, voltados para as singularidades das necessidades de desenvolvimento dos países do grupo. Precursora, a UFMG já integrava a rede desde a sua fundação, com participação estratégica, nessa primeira hora, em ao menos três áreas contempladas pela rede (“Economia”, “Ciências da Computação” e “Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos”). O destaque, contudo, veio neste ano, quando a Universidade foi escolhida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – junto com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) – para liderar as pesquisas no tema “Ciências Humanas e Sociais” a serem realizadas no âmbito da rede. Esse protagonismo possibilitará, entre outros ganhos, que a UFMG se candidate a futuras ações de fomento realizadas pelo consórcio Brics-NU.

Assim, na esteira dessa participação da UFMG na Brics-NU, várias reuniões e atividades foram realizadas ao longo da última década com foco na aproximação estratégica entre as instituições das diferentes nações. Em 2016, o Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat) da UFMG, por exemplo, realizou seminário sobre os desafios enfrentados pelos países do bloco no tocante à oferta de ensino superior; entre 2023 e 2024, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida foi a Moscou duas vezes, em missões destinadas a dar impulso à colaboração acadêmica brasileira com instituições da Rússia e da Bielorrússia e com outros integrantes do Brics+ (representantes da Administração Central da UFMG também compuseram missões a Índia, China e África do Sul no período); por fim, neste ano, Sandra Goulart participou de reuniões de fóruns de dirigentes de instituições de ensino dos países do Brics, no Brasil e no exterior, para seguir fazendo avançar essas parcerias.
'Necessidade imperativa de diversificar'
“O complexo momento que nós vivemos, em termos da geopolítica mundial, nos coloca a necessidade de não ficarmos presos em apenas alguns poucos parceiros internacionais; nos coloca a necessidade imperativa de diversificar”, afirma a reitora da UFMG. “Hoje, vemos, por exemplo, a dificuldade que têm vários pesquisadores de acessar parcerias com as instituições dos Estados Unidos. Atualmente, muitos pesquisadores que iriam para os EUA estão optando por Canadá, Inglaterra, Nova Zelândia e África do Sul”, exemplifica Sandra Goulart, lembrando que mudanças desse tipo só são possíveis quando as universidades de partida e destino já contam com acordos de cooperação que facilitem tais trânsitos. Segundo a reitora, mudanças como as que ocorrem atualmente no tabuleiro da geopolítica mundial são, ao mesmo tempo, uma oportunidade para que a UFMG possa reforçar interna e externamente alguns de seus valores basilares. “Falo dos valores da cooperação recíproca, multilateral e principalmente solidária”, demarca a reitora. “Em suma, queremos cooperar com todos”, sintetiza.
Celso Amorim: Brics são o 'símbolo da demanda por um sistema multilateral mais justo'
“Fizemos um movimento estratégico no sentido de nos aproximarmos dos países do Brics, mas também fomos procurados por suas instituições”, contextualiza a reitora. “A rigor, a intenção de expandir a cooperação no âmbito de instituições dos países do Brics foi algo estabelecido no próprio contexto do Brics, no diálogo entre as instituições e as nações, que perceberam essa necessidade e os potenciais dessa aproximação.”

Sandra conversou com o Portal UFMG logo após o jornal Folha de S.Paulo publicar um artigo do assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, o ex-chanceler Celso Amorim, em que explicou por que o Brics é hoje, empiricamente, no plano amplo da geopolítica internacional, o grande “símbolo da demanda por um sistema multilateral mais justo” – ou, ainda mais aforisticamente, “o novo nome do multilateralismo". “Para todos nós, está claro que a agenda proposta pelos países dos Brics, e mencionada por Celso Amorim em seu artigo, não poderia ser efetivada sem o envolvimento das universidades desses países. Os Brics têm uma agenda muito importante sobre cooperação no campo da educação”, insistiu.
No mesmo artigo, Celso Amorim argumenta que, ao mesmo tempo em que esse bloco dos países em desenvolvimento não rivaliza com o G7, ele consegue algo que essa “antiga ordem” já não mais consegue e talvez nunca tenha conseguido: “inclusão em vez de exclusão, reforma em vez de estagnação”; “equilíbrio justo entre representatividade e eficiência”, nas palavras expressas do assessor-chefe da Presidência da República.
“De fato, os temas elencados pelo chanceler em seu artigo foram, em sua maioria, também os temas debatidos no Fórum de Reitores das Instituições dos Brics+ realizado no Rio de Janeiro, neste ano: cooperação em IA, ação climática, cooperação em saúde, inclusão – investimentos para cooperação”, lembrou a reitora. “Esses precisam mesmo ser os nossos focos neste momento", salienta.

'Riqueza que expande nossa compreensão coletiva do mundo'
Mas por que o Brics é tão importante para os países que o integram e para a dinâmica dialógica mundial? Ou mais especificamente: por que o Brics é importante para o Brasil, particularmente, em face de outras opções que o país teria de interlocução internacional, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)? O diretor de Relações Internacionais da UFMG, Aziz Tuffi Saliba, explica: “Embora o grupo Brics seja frequentemente citado por seu peso econômico, sua importância vai muito além dos meros valores de Produto Interno Bruto (PIB) que nele se somam. Juntos, nossos países abrangem uma extraordinária diversidade étnica e cultural – uma riqueza que expande, em vez de restringir, nossa compreensão coletiva do mundo. Nas últimas décadas, a comunidade Brics também se tornou uma potência na produção científica; de fato, um de nossos membros agora lidera o mundo em produção acadêmica”, lembra o diretor, que é professor do Departamento de Direito Público da Faculdade de Direito.
“Por si só, tais conquistas já justificariam uma colaboração mais profunda”, argumenta Aziz, tentando desambiguar uma visão pragmática das visões ideológicas que, muitas vezes deturpadas por interesses diversos, argumentam contra os fatos da realidade empírica. “Mas, não fosse isso, o clima internacional atual torna essa colaboração, na verdade, imperativa. Em todo o mundo, testemunhamos mudanças políticas abruptas, ataques à ciência e ao ensino superior e um crescente ceticismo em relação ao multilateralismo. Nesse contexto, ampliar e diversificar nossas parcerias acadêmicas não é apenas desejável – é essencial e urgente”, demarca o diretor.
Aziz ainda lembra que, na mais recente Cúpula do Brics, realizada neste ano, no Rio de Janeiro, o presidente Lula expressou enfaticamente esse senso de urgência. “Em seu discurso, o presidente nos lembrou que o Brics é um ator indispensável na luta por um mundo multipolar, menos assimétrico e mais pacífico”, diz o professor. “Enquanto o unilateralismo ergue novas barreiras comerciais, nosso bloco trabalha em prol de sistemas de pagamento transfronteiriços mais rápidos, baratos e seguros, que intensificarão o fluxo de comércio e serviços entre nós. E, ao adotar a Declaração sobre Governança Global da Inteligência Artificial, os países do Brics enviaram uma mensagem clara ao mundo: as novas tecnologias devem operar dentro de uma estrutura justa, inclusiva e equitativa.”
Além disso, na avaliação de Aziz, a inteligência artificial, talvez o tema mais candente do momento, não pode se tornar privilégio de poucos países ou “brinquedo de bilionários”: “o progresso genuíno exige o comprometimento do setor privado e de organizações da sociedade civil”, afirma o professor.

O caminho até aqui
O Brics é um grupo de países de mercados econômicos emergentes que se coligaram com o intuito de fomentar o crescimento econômico mútuo e potencializar a influência geopolítica de seus membros, com atuação junto a instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
O agrupamento também tem servido de foro privilegiado para a cooperação e a articulação político-diplomática de outros países do “Sul Global” (a expressão tem sido adotada em sentido lato, de modo a abranger também nações emergentes situados ao Norte do Equador), na defesa de seus interesses comuns. “Os objetivos do Brics incluem fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus membros e promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional”, explica-se em seu site. Oficialmente, o grupo visa ainda impulsionar o desenvolvimento socioeconômico sustentável e promover a inclusão social.
A primeira reunião do Brics ocorreu em 2006 e envolveu ministros de relações exteriores, no entorno da Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York, nos EUA. A primeira reunião de cúpula de chefes de Estado ocorreu em 2009, na cidade de Ecaterimburgo, na Rússia. Atualmente, o Brics é composto de Brasil, Rússia, Índia e China, seus membros fundadores, e África do Sul (adesão em 2011), além de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã (todos com adesão em 2023). Desde 2024, o agrupamento também congrega países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
Um marco da história do grupo foi a criação, em 2014, do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o “Banco do Brics”. A instituição mobiliza recursos para financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável em países emergentes. A instituição tem capital autorizado de US$ 100 bilhões. “O capital integralizado é de US$ 52,7 bilhões. Há 96 projetos aprovados até o momento, com total de financiamento de US$ 32,8 bilhões”, informa-se no site do NDB. O banco é presidido, desde 2023, pela ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, reeleita neste ano para um novo mandato de cinco anos.

Cursos intensivos para um mundo em acelerada transformação

Um exemplo de como se dão as aproximações com as instituições educacionais dos demais países do bloco é o curso Brics Legal Studies School 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world, que a UFMG ministra nesta semana para discentes estrangeiros com foco no estabelecimento de bases para aprimorar a cooperação jurídica internacional em um contexto mundial multipolar. Destinada a estudantes do último ano de graduação e de pós-graduação de instituições de ensino dos Brics, a “escola de estudos jurídicos” da UFMG ocorre no âmbito da presidência exercida pelo Brasil neste ano focada justamente no fomento à cooperação Sul-Sul e em uma governança mais inclusiva e sustentável.
Cerca de 25 alunos estrangeiros – oriundos sobretudo da China, da Índia e da Rússia – vieram ao Brasil para participar do curso, que teve sua aula inaugural na última segunda-feira, dia 4, no auditório da Faculdade de Ciências Econômicas (Face). Outros 17 alunos brasileiros, da própria UFMG, também estão participando da escola. Eles fazem as vezes de padrinhos dos estrangeiros, ciceroneando-os nas aulas e nas terras mineiras. Essa é a segunda edição do curso, que ocorre sob a responsabilidade da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFMG. A primeira foi realizada no ano passado, com o escopo Brazil‐China Summer School on Legal Studies (SSLS). As aulas do curso são ministradas exclusivamente em inglês.
A semana da Brics Legal Studies School 2025 é desenvolvida por meio de palestras, painéis de discussão, estudos de caso e workshops interativos, conduzidos não só por professores oriundos de instituições de várias nacionalidades (África do Sul, China, Finlândia, Índia, Irlanda e Rússia), mas também por diplomatas e formuladores de políticas públicas brasileiros. “O curso é o mais recente marco de nossa jornada de crescente engajamento internacional e diversificação de parceiros”, afirma a reitora Sandra Goulart Almeida. “Em um mundo marcado por transformações tecnológicas, políticas e sociais, as universidades continuam a ser instituições fundamentais na salvaguarda da verdade e da promoção do diálogo, e na preparação das sociedades para responder com resiliência e inovação aos desafios que partilhamos”, salienta a dirigente.
No fim desta semana de aulas, os alunos farão uma visita de estudo a Ouro Preto, antiga capital do estado, patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A cidade é importante na história brasileira não apenas em razão da mineração do ouro colonial, mas também pelo desenvolvimento, ocorrido ali, das primeiras estruturas jurídicas e administrativas do país. De certa forma, a cidade se presta como estudo de caso da interação entre exploração econômica, controle sociopolítico e movimentos emergentes de independência. “Nesse contexto imersivo, estudantes e acadêmicos terão uma visão em primeira mão de como as estruturas jurídicas coloniais moldaram a governança brasileira e continuaram a subsidiar discussões mais amplas sobre sistemas jurídicos em todo o Sul Global”, explica-se na descrição institucional do curso.

Instrumento estratégico de internacionalização
“A Brics Legal Studies School é um instrumento estratégico de internacionalização da UFMG. Ela fomenta novas colaborações e diversifica as parcerias institucionais”, afirma o diretor de Relações Internacionais, Aziz Tuffi Saliba. “Além disso, a escola oferece a docentes e discentes dos países membros do bloco a oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre os diferentes sistemas jurídicos dos Brics e de discutir a regulação jurídica do grupo e questões atinentes a mudanças climáticas e inteligência artificial”, relata.
Para Marcos Antônio Souza, professor da Faculdade de Direito, o curso tem a importante missão de colaborar para o estreitamento das relações entre países e instituições do Brics no atual momento de tensões e afastamentos vivido pela geopolítica mundial. “Mais do que nunca, precisamos reforçar a cooperação entre os países do Sul Global, especialmente tendo em vista o atual contexto internacional, marcado por comportamentos erráticos e autoritários, que isolam países nos âmbitos do comércio, da política e da academia”, defende o professor.
Marcos Antônio é coordenador do Programa de Pós-graduação em Direito da UFMG – instância que, segundo ele, está completamente comprometida com essa agenda de cooperação e disposta a contribuir para o seu êxito. “Precisamos trabalhar juntos para promover o diálogo crítico e respeitoso para enfrentar os grandes desafios do nosso tempo. Em particular, é extremamente importante realizarmos um estudo comparativo dos nossos sistemas jurídicos e construirmos novas estruturas e práticas com vistas a uma governança global mais eficiente, justa e pluralista”, afirma o professor.
“Esta é uma semana dedicada ao exame dos sistemas jurídicos do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul e ao engajamento em um diálogo franco e crítico sobre desafios globais compartilhados, incluindo mudanças climáticas, inteligência artificial e a reforma das Nações Unidas. Nosso objetivo é aprender uns com os outros, questionar pressupostos, aprofundar a compreensão comparativa e traçar caminhos concretos para uma governança mais inclusiva e sustentável e elaborar soluções jurídicas dignas do Sul Global – dele e do mundo que aspiramos construir juntos”, resumiu Aziz Saliba.
Brics Lex Model: inscrições abertas
Outro exemplo dessa aproximação entre as universidades dos Brics é o programa Brics Lex Model, promovido pela Universidade HSE, da Rússia, cujas inscrições estão abertas até 5 de setembro. O evento é destinado à participação de equipes formadas no âmbito de quaisquer universidades dos Brics.
As equipes devem reunir de dois a quatro discentes dos programas de bacharelado e de mestrado em direito, acompanhados de um orientador. Informações sobre as etapas do processo seletivo podem ser encontradas no site da iniciativa, que será apresentada em Moscou em dezembro.
O modelo desenvolvido deve ser dedicado à cooperação em investimentos e simulará uma conferência diplomática sobre a adoção de novo tratado de investimento. Os resultados das inscrições serão divulgados pelo comitê organizador até 15 de setembro.
Brics legal studies school 2025

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG

Aula inaugural do curso 'Brics legal studies school 2025: strengthening legal cooperation for a multipolar world', realizado em agosto de 2025 na UFMG