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Vitória de Temer indica que reformas vão prosseguir, avalia especialista

Câmara dos Deputados rejeitou ontem à noite a segunda denúncia contra o presidente

Temer deixa hospital após realização de exames, ontem
Temer deixa hospital após realização de exames, ontem Beto Barata | PR

Os deputados federais rejeitaram na noite de ontem o pedido da Procuradoria-Geral da República para investigar o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria Geral, Moreira Franco. Temer perdeu apoio em relação à votação da primeira denúncia, mas garantiu os próximos 14 meses de mandato. Cientistas políticos ouvidos pela reportagem se dividem quanto ao novo fôlego dado ao governo.

"Temer vai aproveitar para implantar todas as mudanças. Ele não está preocupado com a reeleição, mas sim em se destacar como sendo o presidente que deu o remédio amargo para fazer o Brasil avançar", acredita Carlos Manhanelli, presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos.

Para o cientista político Rudá Ricci, a reforma da previdência será a próxima aposta do governo. "A melhor solução é o Rodrigo Maia [presidente da Câmara do DEM-RJ] não deixar a reforma ser aprovada e aí ele sai como uma liderança de apelo popular", afirma.

A segunda denúncia contra o presidente foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Temer foi acusado de liderar uma organização criminosa e, segundo a denúncia, ele e outros integrantes do PMDB teriam praticado ações ilícitas em troca de propina. Janot já havia denunciado o presidente pelo crime de corrupção passiva em junho desse ano. 

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Reportagem veiculada no Jornal UFMG desta quinta-feira, 26 de outubro de 2017.