Usado pela primeira vez em 1987, no Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU), o termo desenvolvimento sustentável é geralmente compreendido pelo seu viés ambiental. Embora o que tenha levado a ONU a propor estudos sobre o meio ambiente e o desenvolvimento tenham sido as fortes evidências de que a ação humana sobre o planeta Terra produzia danos irreparáveis, conceitualmente, o campo do desenvolvimento sustentável vai além da sustentabilidade ambiental, englobando também a sustentabilidade econômica e sociopolítica.
Esse conceito encontra plena tradução no curso de engenharia ambiental da UFMG, criado em 2009 para atender às novas demandas do mercado: permitir o alinhamento das questões sociais, econômicas e ambientais no momento de desenvolvimento de novos meios e projetos, de modo a garantir a qualidade do serviço aliada à preservação do ambiente em que vivemos e garantia de que a satisfação das necessidades da geração atual não comprometa a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades.
O curso da UFMG tem como foco os mecanismos e processos práticos da profissão, abordados pelos departamentos de engenharia sanitária, engenharia ambiental, e engenharia de recursos hídricos. Outra vertente abrange disciplinas com base na gestão e no gerenciamento do meio ambiente, outra área importante dessa engenharia.
Alguns dos campos estudados são a recuperação de áreas degradadas, a recuperação do solo, o tratamento e aproveitamento de resíduos industriais ou domésticos e a reciclagem de materiais de construção. Dentro do curso, são ofertados três trajetos: a habilitação geral, com estudos globais sobre a engenharia ambiental; a habilitação em processos industriais, que abrange processos, recuperação ou relatórios industriais; e a formação complementar aberta, na qual o aluno pode escolher disciplinas de outro curso para integrar sua grade curricular, recurso ofertado em todas as graduações da UFMG.
No mercado de trabalho, é possível atuar em consultorias na área ambiental, em setores especializados de empresas ou órgãos públicos, ou ter como foco as carreiras científica e acadêmica, dedicando-se à pesquisa na engenharia ambiental.
Ana Beatriz de Oliveira, 21, do oitavo período, conta que sempre se interessou pela questão ambiental, pois desde a infância "queria salvar o mundo”. Do desejo infantil de se dedicar ao cuidado com o planeta, o curso permitiu a ela evoluir na compreensão de como tornar a sustentabilidade possível. Para ela, o cuidado e a humanização são pontos-chave da carreira. “Dentro das engenharias, a ambiental é uma das mais humanizadas. Nosso curso é muito focado em saneamento, uma das necessidades básicas da população, e estamos sempre em busca de soluções alternativas e propostas eficientes para toda a sociedade”, diz.
PARA SABER MAIS
Estrutura curricular https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga em 2018: 14,3
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018: 716,64
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: 5