Um dos mais antigos cursos da Escola de Engenharia, o de engenharia mecânica começou a construir sua  trajetória na UFMG em 1962. Com forte base em matemática, física e tecnologia, forma profissionais aptos a trabalhar em setores tecnológicos e operacionais de uma empresa e capacitados para desenvolver produtos e coordenar processos nas mais diversas áreas do conhecimento.

Embora a essência da engenharia mecânica seja projetar e construir máquinas, o curso de graduação vai muito além disso, abordando também a viabilidade econômica dos projetos, sustentabilidade e empreendedorismo,
de acordo com as demandas do mercado. Cada estudante escolhe dentre cinco trajetórias, conjuntos de disciplinas que permitem aprofundar em uma das áreas de concentração do curso: automotiva; energia e utilidades; manutenção; mecatrônica; projeto e fabricação.

O curso se destaca pela infraestrutura: o departamento de engenharia mecânica conta com mais de 30 laboratórios nas áreas de motores, refrigeração e bombas de calor, controle e automação de sistemas mecânicos, soldagem, bioengenharia e biocombustíveis, entre outros. Os profissionais são preparados para projetar e conceber produtos, coordenar processos, desenvolver novas ferramentas em engenharia mecânica e supervisionar a operação e a manutenção de equipamentos, dentre outras atividades. Também há egressos que optam por seguir a carreira acadêmica, para pesquisar e desenvolver novos métodos em uma área de interesse.

Um exemplo do caráter transdisciplinar da engenharia mecânica é o Laboratório de Bioengenharia (LabBio), que reúne estudantes das Ciências Humanas, Biológicas e Exatas. Um dos projetos desenvolvidos, em parceria com o Hospital da Baleia , é a produção de próteses para pacientes com câncer.

Recém-titulado no mestrado em engenharia mecânica pela UFMG, Bernardo Murta, 29, optou pela pesquisa sobre automação e controle na área da mecânica. “Acabei vindo para a engenharia mecânica porque é um curso bem versátil, e dentro do meu percurso eu poderia escolher onde me encaixaria melhor”, explicou.

Durante a graduação Bernardo fez iniciação científica em metrologia, área que estuda as medições, junto a alunos da fisioterapia, o que evidencia o potencial transdisciplinar de uma universidade do porte da UFMG. A intenção dos estudantes de fisioterapia era medir e analisar a rotação do ombro e do movimento escapular. O engenheiro trabalhou no desenvolvimento de um sistema óptico para acompanhar este movimento. “As pessoas associam a engenharia mecânica à indústria automotiva, porque é um dos pontos fortes da UFMG. Mas tem muita coisa além, como a bioengenharia”, explicou.

PARA SABER MAIS

Estrutura curricular:
Diurno https://ufmg.br/cursos/graduac...
Noturno https://ufmg.br/cursos/graduacao/2407/91220
Relação de candidatos por vaga em 2018: 11,79 (diurno)  21,3 (noturno)
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018: 756,62 (diurno)  745,54 (noturno)
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: 5