Abril Indígena termina hoje com ritual da lua cheia na Praça de Serviços
Noite cultural – uma conexão ancestral é o evento que encerra a segunda edição do Abril Indígena UFMG, protagonizado por estudantes indígenas, sobretudo os de vagas suplementares. O intuito da iniciativa é discutir a visibilidade e ampliação da presença desses estudantes na Universidade.
O encerramento ocorre nesta terça-feira, 2 de maio de 2023, às 18h, na Praça de Serviços. Haverá bate-papo, projeção de vídeos e sessão de conto indígena com o representante dos estudantes indígenas da UFMG, Guilherme Pankararu. O mediador é Gui Gui Pataxó, estudante do curso de Odontologia. O evento é gratuito e aberto ao público.
Também será realizado o ritual pataxó da Lua Cheia (Dawê mayõ ixê), por meio de danças, cantos e performances ritualísticas protagonizadas pelos estudantes do curso de Formação Intelectual para Educadores Indígenas (Fiei) da UFMG.
Ritual adormecido
"O Dawê mayõ ixê é um ritual que estava adormecido devido ao fogo de 1951, genocídio que ocorreu com o povo pataxó do sul da Bahia, há mais de 70 anos. Além desse, outros rituais foram proibidos, e os indígenas já não podiam mais se identificar como indígenas, tinham que esconder sua identidade para sobreviver", explica a professora Shirley Miranda, pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis da UFMG. Segundo ela, a conexão ancestral da Noite Cultural "se dá no ato de reviver esse ritual pataxó, seja nas aldeias ou no território da Universidade."