O direito à memória de grupos sociais que enfrentam processos de exclusão e apagamentos histórico-sociais inspira a roda de conversa que será promovida pelo Espaço do Conhecimento UFMG neste sábado, 23 de setembro de 2023, às 15h30. A participação é gratuita e aberta a todos os públicos. O ingresso deve ser retirado a partir das 13h30, na recepção do museu. As 40 vagas serão preenchidas por ordem de chegada.

Organizado pelo Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT+ (NUH) da UFMG, o debate abordará a institucionalização do Acervo LGBT+ Cintura Fina da UFMG. A mesa será formada por Marina Duarte, professora do Departamento de História da Universidade e integrante do NUH, e Igor Monteiro, mestrando em psicologia, integrante da equipe de coordenação executiva do NUH e pesquisador de temas como gênero, sexualidade, política e democracia.

Acervo LGBT+ Cintura Fina
Segundo o NUH, o acervo resgata, registra, difunde e preserva o patrimônio relacionado às práticas e produções culturais da comunidade, por meio de histórias de pessoas LGBT+ no cenário nacional. O nome do acervo homenageia Cintura Fina, dissidente sexual e importante personagem LGBT+ no cenário de Belo Horizonte. “Uma figura não propriamente travesti, mas, sim, do que hoje é denominado queer”, descreve o NUH. 

A UFMG é a primeira universidade brasileira a institucionalizar um acervo LGBT+. A institucionalização foi aprovada pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), em julho de 2023.

O evento integra a 17ª Primavera de Museus, realizada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Neste ano, a temática da iniciativa é Memórias e democracia – pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas.