Bob Dylan e a tradição judaica é o tema do seminário que será realizado na sexta-feira, 26 de maio de 2023, pelo Núcleo de Estudos Judaicos da UFMG. A atividade, gratuita e aberta ao público, será ministrada pelo professor Fernando Baião Viotti, da Universidade de São Paulo (USP), no  Auditório 2001 da Faculdade de Letras da UFMG (Fale), a partir das 14h. As inscrições devem ser feitas no site do Núcleo.

Robert Allen Zimmerman nasceu em Duluth, Minnesota, nos Estados Unidos. Filho de família judaica cujos antepassados migraram de Odessa, na Ucrânia, Robert se tornou Bob Dylan ainda nos anos 60 e, com esse nome, consolidou-se como um dos pioneiros da música folk. Suas composições renderam-lhe o Prêmio Nobel de Literatura em 2016, "por ter criado novas expressões poéticas dentro da grande tradição da canção americana."

A exemplo de tantas outras temáticas que vivenciou de modo intenso e controverso na encruzilhada entre arte e experiência, Bob Dylan ecoou a tradição judaica em momentos-chave de sua carreira. Na obra do cantor, "o judaísmo é ausência e presença, afirmação e negação, sendo por isso tema privilegiado para se observar o modo de ser de um artista marcado por constantes e radicais transformações", como afirma o texto de divulgação do evento.

Trajetória
O palestrante Fernando Baião Viotti é professor do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG como bolsista da Capes, defendeu tese sobre Um mundo feito de ferro: a lírica de Drummond e Bob Dylan, premiada como a melhor tese do Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários da Faculdade de Letras da UFMG.

Também na UFMG, Fernando Viotti defendeu a dissertação Encenação do sujeito e indeterminação do mundo: um estudo das cartas de Guimarães Rosa e seus tradutores no mestrado em Estudos Literários e Literatura Brasileira. Escreveu vários artigos e outras publicações sobre Bob Dylan, Guimarães Rosa e Godofredo Rangel. Em suas produções, também aborda temas como epistolografia e ficção brasileira e portuguesa do século 20 e literatura e experiência.