Obras eletroacústicas produzidas na Bélgica, no Canadá, no Reino Unido e na Argentina serão apresentadas, nesta sexta-feira, 11 de novembro de 2022, no âmbito da série Circuito Contemporâneo, no Espaço de Criação e Invenção Sonora (ECrIS) do Conservatório UFMG. O objetivo é proporcionar ao público belo-horizontino o contato com a produção contemporânea de mídia eletrônica em suas mais distintas vertentes. Equipado com um sistema de som de 12 canais, o estúdio disponibiliza uma experiência imersiva, na qual os sons circulam em torno do ouvinte. O concerto terá início às 20h. 

O concerto inicia-se com Metharcana (1998), do compositor belga Stephan Dunkelman, produção desenvolvida para funcionar em conjunto com uma coreografia. Na sequência, a obra Pair/Impair (1978), de Jonty Harrison, do Reino Unido, trata do jogo de oposição — como o próprio título indica — entre dinâmico e estático. 

A terceira composição, Associations libres (1990), do canadense Gilles Gobeil, nasceu da parceria com o violonista René Lussier, que utilizava seu poder de improvisação para gerar gestos que foram gravados e posteriormente trabalhados. Para finalizar, serão apresentadas duas obras de compositores argentinos: Purzelbäume (2003), de Elsa Justel, é um "klango'' eletroacústico. O termo “klango” foi proposto pela organização de comissionamento para sugerir um elemento sonoro (klang) aliado a um ritmo de tango. A ideia era criar uma peça eletroacústica para a qual se pudesse dançar. 

Micromontagem
A obra Blow 3 (2021), de Jose Halac, encerra o concerto. A composição é uma “micromontagem feita com amostras gravadas pelo clarinetista cordovês Nicolas Mazza em estúdio”, segundo descreve o autor. O volume de todos os sons, mesmo os insignificantes, foram amplificados a fim de equipará-los aos considerados importantes. A ideia é “imergir em um zoom sonoro composto do espaço interior”, completa Halac. A apresentação é gratuita e aberta ao público, sem necessidade de ingresso ou inscrições prévias.