Exposição virtual e seminário destacam a arte postal em diferentes vertentes
Cento e oitenta trabalhos de artistas de 32 países (da Ásia, África, Europa e das Américas) compõem a exposição virtual Re-volver. A mostra reúne grande diversidade de ideias, no que se refere tanto às temáticas das obras quanto às técnicas utilizadas. O projeto é de Luiza Marcolino, recém-graduada em Artes Visuais na Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG, e contou com apoio da professora Carolina Ruoso, coordenadora do Laboratório de Curadoria de Exposições Bisi Silva, da EBA.
A exposição deveria ocupar a grande galeria da Escola em julho de 2020, mas, em razão das medidas de proteção contra a covid-19, foi adaptada para o modo virtual. A iniciativa de Luiza foi acolhida pela terceira chamada de propostas para espaços artísticos da Escola de Belas Artes, iniciativa do Centro de Extensão. Mais tarde, foi também contemplada pelo Governo de Minas, por meio da Lei Aldir Blanc.
Após a convocação internacional, a curadoria recebeu cartões-postais, livros, pinturas, poemas, fotografias, colagens e desenhos de várias técnicas e formatos. Participam da mostra alunos e ex-alunos da Belas Artes e a professora Elisa Campos. A exposição virtual, de caráter permanente, se assemelha a um catálogo, com textos que apresentam a prática da arte postal.
'Lugar na contemporaneidade'
Desdobramento da exposição, o seminário Re-volver: histórias da arte postal será realizado em 1º e 2 de setembro, com transmissão pelo canal do Centro Cultural UFMG no YouTube. A ideia é provocar discussões acerca da prática nos dias de hoje, “celebrar a memória da arte postal e reafirmar seu lugar na contemporaneidade”, como explica a organização. Em conversas ao vivo, nomes importantes do movimento da arte postal no Brasil e no mundo vão debater também a presença da poesia visual e das publicações independentes nessa manifestação artística.
A mesa-redonda do primeiro dia terá os artistas Clemente Padín e Falves Silva, ambos integrantes da exposição, a também artista Yanaki Herrera e a professora Cellina Muniz, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. No dia seguinte, a segunda mesa vai juntar os artistas José Roberto Sechi, administrador do espaço de arte Sechiisland, e os professores Amir Brito Cadôr, da UFMG, e Marcelo Gonçalves Maciel, do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A palestra de encerramento será ministrada por Cristina Freire, professora da USP e curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade.
O evento é dirigido a estudantes, pesquisadores, artistas iniciantes e experientes e também a leigos. Outro objetivo do encontro é reafirmar a importância de estruturas formativas para a introdução do aluno universitário artista no meio da produção cultural do país.
Programação
1/9
19h: abertura por Carolina Ruoso e Fabrício Fernandino, diretor do Centro Cultural
19h10: mesa-redonda com Clemente Padín, Yanaki Herrera, Falves Silva e Cellina Muniz. Mediação de Luíza Marcolino.
2/9
18h: abertura, por Brígida Campbell
18h10: mesa-redonda com José Roberto Sechi, Amir Brito Cadôr e Marcelo Gonçalves Maciel (Projeto 10x15: momentos de não calar). Mediação de Luíza Marcolino
19h30: palestra de encerramento, por Cristina Freire