Novembro Azul: Simpósio de Radiologia aborda o câncer de próstata
A Faculdade de Medicina da UFMG promoverá, nesta quinta-feira, 11 de novembro de 2021, a terceira edição do Simpósio de Radiologia. As palestras e debates serão realizados das 18h45 às 22h, com transmissão pelo canal da Faculdade no YouTube.
O tema deste ano é o câncer de próstata, segunda neoplasia que mais mata homens, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Na pauta do evento estão o manejo da doença, a radioterapia e a implantação do PET/CT no Brasil, entre outros temas.
Serão quatro palestras. Na primeira, agendada para 19h, o médico radiologista Pedro Tito vai abordar o manejo do câncer de próstata pela radiologia. Em seguida, às 19h45, a médica nuclear Viviane Parisotto falará sobre a mudança de paradigmas relacionada à Tomografia por Emissão de Pósitrons. Às 20h30, o médico raio-oncologista Cássio Trindade Junior apresentará as técnicas de radioterapia para o tratamento do câncer. Por fim, às 21h15, Maira Matos vai relatar suas experiências como tecnóloga em Radiologia.
As inscrições para o simpósio podem ser feitas por meio de formulário eletrônico.
Pandemia e redução dos diagnósticos
Segundo dados do Ministério da Saúde, os exames de Antígeno Prostático Específico (PSA) – usado no rastreamento do câncer de próstata em homens assintomáticos -, tiveram queda de 26% durante a pandemia, e os de diagnóstico diminuíram 20%. “Devemos informar à população a importância dos exames, já que, quanto mais precoce for o diagnóstico, maior a chance de cura”, explica uma das organizadoras do evento, a professora Priscila Santana, do Departamento de Anatomia e Imagem (IMA), .
Um dos impactos da pandemia no setor foi a redução na busca por diagnóstico e tratamentos oncológicos, o que deve provocar aumento da demanda em 2022. A alta tecnologia dos aceleradores lineares, equipamento utilizado nos tratamentos por radioterapia, requer dos profissionais formados e em formação a constante atualização para que possam se adaptar ao cenário cada vez mais exigente dos serviços de saúde. “A utilização do hipofracionamento, técnica em que se realiza o tratamento em um número menor de dias, tem ajudado a suprir a falta de aceleradores lineares em âmbito nacional. Nesse contexto, os tratamentos tiveram que ser realizados de forma mais rápida, porém com a mesma qualidade”, pontua a professora.
A busca por diagnósticos e tratamentos cada vez mais centrados no indivíduo é outro destaque da formação. “A radioterapia adaptativa, por exemplo, é ideal e única para cada indivíduo. O paciente é o ator principal, e tudo é feito de maneira personalizada. Não podemos estabelecer tratamentos genéricos”, defende Priscilla.