Obras que remetem à expectativa do novo compõem mostra no Centro Cultural
Um conjunto de desenhos, fotografias, vídeos e instalações, cujo tema central são as expectativas pelo novo, compõe a exposição Enquanto espero a primavera, da artista plástica mineira Camila Moreira, que será inaugurada nesta terça-feira, 25 de abril de 2023, às 19h, no Centro Cultural UFMG.
Criadas em Paris e Belo Horizonte nos últimos 10 anos, as obras refletem inquietações da artista acerca de deslocamentos, exílio, condições humanas e, sobretudo, da necessidade da tomada de posicionamentos sobre as mudanças no mundo ao redor, pela ordem dos afetos, em sua construção cotidiana e coletiva. A curadoria é do artista porto-alegrense Sandro Ka.
Camila propõe reflexões sobre o processo, as necessidades e expectativas de transformações do sujeito. "Toda primavera traz, em si, a esperança do novo. Do novo idealizado e construído, em seu tempo único – da espera, da criação e da vivência – , seja no âmbito privado das pequenas mudanças ou na vontade do fazer coletivo, engajado das revoluções. Como frutos e bonança: no desejo e na esperança do que há de vir", diz texto da curadoria.
Com entrada gratuita e classificação etária livre, a mostra poderá ser vista de terça a sexta, das 9h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h, até 28 de maio.
Trajetória
Camila Moreira é graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), mestre e doutora em Arts Plastiques pela Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne, na França. Atualmente, é professora do Departamento de Desenho e do Programa de Mestrado Profissional na Escola de Belas Artes da UFMG (EBA). Sua pesquisa contempla o desenho na atualidade, processos híbridos, exílio, mestiçagem na arte e processo de criação. Camila é fundadora e coordenadora do grupo de pesquisa Núcleo de Estudos e Ensino em Desenho Contemporâneo (Nedec).
Ela atua também no Núcleo de Pesquisa em Pintura e Ensino da UFU, nas linhas de pesquisa Pintura e interfaces com outras linguagens, que coordena, e Estudos cromáticos. É membro da Associação de Artistas (Art)ère, em Paris, França, e presidente do comitê organizador da Encyclopédie Numérique des Couleurs, projeto da UFU e das universidades de Sfax e Monastir, na Tunísia, Bordeaux e Lorraine, na França. No Brasil, a artista tem coleções nos acervos do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul e do Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar, em Fortaleza.