Sábado é dia de hip-hop no 55º Festival de Inverno UFMG
A programação do 55º Festival de Inverno da UFMG deste sábado, 22 de julho de 2023, é destinada ao hip-hop e à cultura de periferia. No Conservatório UFMG, Larissa Borges, Clebin Quirino e Monge reúnem-se, a partir das 17h, na mesa-redonda Hip hop, pesquisa e conhecimento. O objetivo é debater a importância da pesquisa e da produção de conhecimento na cultura hip hop e a relevância do ritmo no contexto acadêmico. Michel Brasil, bacharel na Escola de Música, será o mediador da mesa.
No mesmo horário, no Espaço do Conhecimento UFMG, começa uma performance de Luiza Romão seguida de bate-papo com a atriz sobre seu livro Também guardamos pedras aqui. Luiza resgata, em seus poemas, a epopeia clássica Ilíada, a fim de pensar a fundação da literatura ocidental. Publicado em 2021, pela Editora Nó, o livro recebeu o prêmio Jabuti de Melhor Livro de Poesia e Melhor Livro do Ano e também foi semifinalista no Prêmio Oceanos. Mais tarde, às 18h, serão lançados três livros: Caderno espiralar, organizado por Denilson Tourinho, Atuar-produzir, de Heloísa Marina, e O que é psicanálise literária?, de Ayanne Sobral e Lucia Castello Branco.
O último evento do dia será no Conservatório, às 19h30. A MC Colombiana, primeira mulher a apresentar o Duelo de MCs do Viaduto Santa Tereza, fará o show Ressignificando. Em seguida, o rapper Radical Tee apresentará UbatUke tá me chamando, referência a seu álbum lançado em 2022, que comemora seus 30 anos de carreira. O mestre de cerimônias é o artista Monge, fundador da Família de Rua e do Duelo de MCs.
Break dance
Uma oficina gratuita que dispensa inscrição será ofertada no Conservatório, às 14h30. DNA básico da dança break promove uma imersão na dança hip hop por meio da break dance, em uma experiência prática, com a realização de elementos de base e comentários sobre o movimento e o corpo neste universo. O professor é Rodrigo Khan, b-boy e arte-educador com pesquisa sobre top rock. São 30 vagas, e a classificação etária é 13 anos. Os participantes devem usar roupas confortáveis.
Exposições
Durante todo o Festival, cinco exposições estão abertas para visitação, sendo três no Centro Cultural, uma no saguão da Reitoria e outra no Espaço do Conhecimento. Todas têm entrada gratuita. Shirley Paes Leme é a autora dos trabalhos expostos em Respiração, que trata da relação dos filtros de ar-condicionado com a respiração. Em Carta aos escritores do meu ramo, Lucia Castello Branco reúne correspondências que trocou com a escritora portuguesa Maria Gabriela Llansol, além de seus manuscritos e publicações.
Edgar Kanaykõ Xakriabá assina a exposição Marco ancestral, com fotografias que trazem o olhar indígena para a universidade e para os espaços de arte da cidade. Culturas de resistência – Substratos transformadores, com curadoria de Fabrício Fernandino e Mateus Souza, reúne desenhos, pinturas, gravuras, manuscritos, registros audiovisuais, fotolitos, instalações, objetos artesanais, sites interativos, podcasts, fotografias e publicações dos acervos da universidade que evocam a noção de resistência cultural. Mundos indígenas, no Espaço do Conhecimento, apresenta a história dos povos indígenas pelo olhar de curadores indígenas dos povos Yanomami, Ye’kwana, Xakriabá, Tikmῦ’ῦn (Maxakali) e Pataxoop.