Saberes astronômicos de povos africanos são tema de sessão no Planetário do Espaço do Conhecimento
Em alinhamento com o mês da consciência negra, o Planetário do Espaço do Conhecimento UFMG realiza, pela primeira vez, no dia 18 de novembro de 2022, às 18h, uma sessão comentada sobre a cultura astronômica de alguns povos africanos, como Zulus, Bahimas e Tabwas. Haverá outras duas sessões nos dias 19 e 20, às 16h. A entrada custa R$ 10 (inteira), e o ingresso deve ser retirado no museu.
O céu sempre foi um berço natural para a espiritualidade dos seres humanos. Não são poucos os exemplos de povos e civilizações que depositaram sua fé nos céus e cultivaram nas estrelas e na noite seus sonhos e esperanças. Nesse meio, os saberes astronômicos dos povos europeus predominaram sobre os de outros povos, como os africanos.
Diógenes Pires, professor de física da Rede Decisão – Unidade Santa Branca (CSB) e assistente do Núcleo de Astronomia do Espaço, destaca a pluralidade das ciências e do conhecimento e a importância do contato com outros produtores de saberes: “Ciência não é feita só pela visão europeia, ela é feita também por outros povos. A ideia é mostrar que muitos objetos que nós enxergamos de determinadas formas, vários povos também enxergavam”.
O encontro vai propor reflexão sobre como elementos do cosmo, a exemplo da Lua, do Sol e do Cruzeiro do Sul, iguais para todos que observam o céu, geram diferentes interpretações nessas culturas distintas e se relacionam com os ciclos de tempo e do cotidiano particular de cada povo.