Bioinformática é aliada no enfrentamento ao coronavírus
Em entrevista à TV UFMG, Vasco Azevedo, do ICB, conta que estudos nesse campo podem contribuir para identificar eventuais mutações
Por contemplar campos distintos, como a análise de sequências de DNA e proteínas, o estudo de estruturas tridimensionais de moléculas e a visualização e análise de imagens e sinais biológicos, a bioinformática tornou-se estratégica no desenvolvimento de projetos multidisciplinares envolvendo as áreas de Ciências Biológicas e de Ciências da Computação. Na UFMG, essa interface é feita pelo Programa de Pós-graduação em Bioinformática, que trabalha majoritariamente com análises de sequências genéticas, incluindo genomas de Sars-CoV-2 presentes em Minas e em outras partes do Brasil.
Antes conhecida como ciências ômicas, a bioinformática estuda o cromossomo numa perspectiva estrutural – desde a informação presente no DNA até o modo como ele se comunica com a célula via proteínas, passando pela fase metabólica. Dessa forma, essa área de estudo tem grande capacidade de fornecer informações específicas sequenciando genomas isolados, o que torna possível avaliar mutações do novo coronavírus.
O professor Vasco Azevedo, do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, coordena grupo de estudo e pesquisa de várias universidades de Minas Gerais e a Recom, rede especializada em pesquisas no campo da bioinformática, que reúne especialistas da Alemanha, dos Estados Unidos, da África do Sul e do Brasil. Em entrevista à TV UFMG, ele destaca a importância desse campo de estudo no combate à covid-19.
Equipe: Artur Horta (produção), Marcelo Duarte (edição de imagens) e Renata Valentim (edição de conteúdo)