Institucional

Bolsas acadêmicas custeadas pela UFMG terão reajuste de 75% em junho

Aumento equipara bolsas da Universidade às de iniciação científica pagas com recursos do governo federal; valor salta de R$ 400 para R$ 700

Reajuste contempla programas de bolsas acadêmicas, como o de Monitoria de Graduação (PMG)
Reajuste contempla programas de bolsas acadêmicas, como o de Monitoria de Graduação (PMG) Foto: Lucas Braga | UFMG

A UFMG reajustou o valor das bolsas acadêmicas concedidas a estudantes de graduação que atuam em projetos de ensino, pesquisa e extensão, vinculados a programas desenvolvidos por diversas pró-reitorias, diretorias e órgãos da Administração Central. A recomposição, de 75%, busca equiparar as bolsas pagas com recursos do orçamento da Universidade às de iniciação científica custeadas pelo governo federal, que tiveram aumento em março. Com a mudança, o valor das bolsas salta de R$ 400 para R$ 700, para cumprimento de carga horária de 20 horas semanais. O reajuste começa a valer ainda neste mês, e o novo valor será recebido pelos estudantes no início de junho, de acordo com o cronograma já seguido pelas pró-reitorias.

Historicamente, a remuneração das bolsas acadêmicas da UFMG tem acompanhado os valores repassados, com recursos do governo federal, a estudantes de iniciação científica. Quando o governo anunciou o reajuste das bolsas de iniciação científica em fevereiro deste ano, a UFMG ainda estava com o orçamento deficitário. No mês passado, foram liberados recursos que possibilitaram a recomposição do orçamento das universidades. “Com essa medida, a Universidade volta a ter hoje um orçamento semelhante ao de 2019, acrescido de um aumento percentual de 4,3%, valor ainda aquém do necessário para fazer frente aos cortes históricos que sofremos nos últimos anos, mas importante para que a UFMG priorizasse o reajuste das bolsas acadêmicas”, explica a reitora Sandra Regina Goulart Almeida.

Esforço conjunto
Sandra Goulart destaca o empenho da UFMG, nos últimos anos, para manter as bolsas acadêmicas e o funcionamento dos projetos de ensino, pesquisa e extensão. O esforço para a recomposição das bolsas acadêmicas reuniu diversos setores da Administração Central, como as pró-reitorias e diretorias envolvidas com os programas de bolsas e com questões relativas a orçamento.

“Nesses últimos anos, com os muitos cortes orçamentários, a UFMG fez um esforço para não comprometer as bolsas acadêmicas. Apesar de não ter sido possível conceder qualquer aumento, a Universidade se esforçou para manter e até mesmo ampliar alguns programas. Enquanto não foi possível aumentar o valor das bolsas, a universidade fez o máximo para mantê-las, tendo que fazer outros cortes e adaptações”, destaca a reitora. Além disso, nos últimos anos, diversos programas de bolsas acadêmicas, como o de Monitoria de Graduação (PMG) e o de Bolsas de Extensão (Pbext), incorporaram a modalidade de bolsas Ações Afirmativas, destinada especificamente a estudantes assistidos pela Fump ou que ingressaram na Universidade por meio das modalidades de reserva de vagas.

Esses esforços, que culminaram com a recomposição das bolsas anunciada neste mês, integram uma política da UFMG de oferecer aos estudantes uma formação ampla, que passa pela atuação em projetos de ensino, pesquisa e extensão. “Nossa visão é de que a formação do estudante não deve seguir apenas aquele fluxo habitual, voltado para seu próprio curso. Nossos estudantes precisam ter uma formação científica sólida, mas a universidade tem muito mais coisas a oferecer. Com essa amplitude de possibilidades, podemos formar pessoas qualificadas e com responsabilidade social para exercer a cidadania e atuar na solução dos problemas da sociedade”, conclui Sandra Goulart.

Hugo Rafael