Candidatos ao governo de Minas apresentam propostas para a mobilidade ativa
Dois candidatos responderam à questionamentos da UFMG Educativa
A Rádio UFMG Educativa questionou os candidatos ao governo de Minas Gerais sobre suas posições em relação a mobilidade urbana e uso de meios ativos, que não são motorizados. A solicitação foi feita a todos os candidatos, sendo que, até a data de veiculação desta matéria, responderam aos questionamentos Antonio Anastasia (PSDB) e Dirlene Marques (PSOL). Confira abaixo as respostas na íntegra:
Ao se propor políticas em mobilidade, muitas vezes os meios de transporte motorizados são priorizados, porém, para movimentos que lutam por essa causa são esses meios de transporte que congestionam as vias da cidade e agridem o meio ambiente. Como proporcionar uma melhor vivência das cidades, focando na mobilidade ativa, que não utiliza de veículos motorizados?
Antonio Anastasia (PSDB): Em relação à mobilidade, o Estado atua diretamente no transporte intermunicipal, especialmente nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Vale do Aço. No caso da mobilidade urbana e fomento ao transporte ativo nas cidades, aspectos importantes da nossa atualidade, compete aos Municípios a definição e implantação de iniciativas. O Estado pode apoiar essas iniciativas, especialmente em seu planejamento. Acredito e defendo que as cidades, principalmente os grandes centros urbanos, devem dar melhores condições para que as pessoas possam se locomover de bicicletas, por meio de caminhadas ou da carona solidária, que precisa de campanhas educativas para que possa fazer parte da nossa cultura. O metrô, no caso da nossa capital, é um grande sonho e uma grande necessidade. Mas depende fundamentalmente do Governo Federal. Vamos continuar cobrando. Ao longo dos anos, a lógica urbana tem priorizado os transportes motorizados e essa lógica precisa ser alterada.
Dirlene Marques (PSOL): Pensar as cidades de Minas passa pela adoção de estratégias bem planejadas. Faremos uma revisão estratégica de planejamento de mobilidade urbana, para que possamos garantir a todos e todas o acesso às cidades, com estudos e obras que possam diminuir o impacto no trânsito. Precisamos repensar o planejamento urbano, de modo a minimizar questões como essa. E sabemos que pensar mobilidade urbana significa também estar em consonância com os movimentos populares por moradia e suas linhas alternativas de intervenção na questão habitacional. Também faz parte de nosso programa de governo a recuperação de estradas e áreas urbanas. Investiremos em obras públicas para manutenção e ampliação das estradas, sem a criação de pedágios.
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