Institucional

Com programação extensa, Novembro Negro celebra a ancestralidade

No sábado, dia 11, estudantes da Formação Transversal em Relações Étnico-raciais visitarão os 'espaços negros' de Tiradentes, onde a UFMG mantém um campus cultural

Identidade visual do Novembro Negro, edição 2023
Identidade visual do Novembro Negro, edição 2023 Imagem: Cedecom | UFMG

Pelo sexto ano consecutivo, a UFMG realiza o Novembro Negro, que agrega as atividades realizadas na Universidade com foco na consciência negra, celebrada no dia 20. Neste ano, sob o tema Ancestralidade e coletividade: aquilombar para permanecer, há atividades programadas para praticamente todos os dias do mês em diferentes unidades do campus Pampulha e em espaços externos à Universidade. A programação está disponível no site do evento.

Estabelecida com a participação ativa da comunidade acadêmica, a programação prevê exibição de filmes, sessões de contação de histórias, exposições, jogos e brincadeiras africanas, oficinas, rodas de conversas, palestras on-line, apresentações artísticas, seminários e homenagens. Como o evento corre até o fim do mês, ainda é possível cadastrar novas atividades pelo site do evento.

Atividades plurais
O caráter plural do evento pode ser exemplificado pela visita que os alunos da disciplina Tópicos sobre aspectos da cultura africana e afro-brasileira: nas pegadas da oralidade e das memórias afrodescendentes farão, no dia 11, a “espaços negros” de Tiradentes, onde a UFMG mantém um campus cultural. Ministrada por Josiley Francisco de Souza, da FAE, a disciplina integra a Formação Transversal em Relações Étnico-raciais da UFMG.

Outro destaque da programação é a exposição Diversidade na Demasiado Humano que poderá ser visitada  no dia 12, às 15h, no Espaço do Conhecimento. Na ocasião, ocorrerá um percurso mediado pela exposição de longa duração Demasiado humano, em que os mediadores vão tratar dos cientistas que, importantes para os temas expostos no museu, são muitas vezes esquecidos por seus feitos, em razão de pertencerem a minorias. “Apresentaremos histórias de pessoas reconhecidas no meio científico que não cabem no estereótipo padrão de ‘cientista’: mulheres, pessoas negras, povos indígenas, LGBTQIA+”, explica a sinopse da atividade.

Ressignificações da existência
Conforme afirma a descrição institucional do evento, a temática deste ano – Ancestralidade e coletividade: Aquilombar para permanecer – busca reverenciar “o processo de aquilombamento acadêmico e político das pessoas negras que vieram antes” e resistiram ao racismo estrutural, possibilitando reinvenções e “ressignificações da nossa existência”. O objetivo, portanto, é saudar os que construíram esse caminho; “reconhecer e lembrar de quem não está mais entre nós materialmente, mas cujo legado marca nosso presente”.

A temática deste ano tem relação com as das edições anteriores. O Novembro Negro de 2018 teve como tema Reflexões e práticas sobre ser negro; em 2019, a temática escolhida foi Aquilombar-se em tempos de luta; em 2020, elegeu-se o Orgulho de ser: enegrecer para renascer; em 2021 e 2022, os temas foram, respectivamente, Corpos e vozes que se afirmam Permanecer para avançar

A história de 20 anos de ações afirmativas na UFMG foi contada neste documentário produzido pela TV UFMG.